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A discórdia no PMDB

O discurso tem muitos fundamentos, mas o apoio de peemedebistas a Ricardo Coutinho resulta de luta pela sobrevivência política. E digo isso porque tentei entender a lógica da desavença com a direção do partido e ouvi uma frase que resume a motivação: “Você já observou quem está do outro lado?”. Era uma referência as muitas estrelas na oposição, que impediriam qualquer outro de se destacar.

Tem razão. A oposição tem estrelas ascendentes como Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues, tem as consolidadas como Cássio Cunha Lima, tem as com grande potencial como Aguinaldo Ribeiro, Rômulo Gouveia, Pedro Cunha Lima e Ruy Carneiro, e tem muitas promessas.

Vejamos: como Raimundo Lira, que passou 20 anos fora da política e chegou ao Senado como suplente, sem disputar votos, poderia se destacar? Apoiando Ricardo Coutinho, que é adversário de todos. Graças a essa rivalidade, consegue um reconhecimento que compensa o fato do socialista considerar o presidente Michel Temer um golpista.

Veneziano Vital perdeu feio a eleição em Campina, onde o tucano Romero Rodrigues ganhou no 1° turno, com 62,85% dos votos. Sua família, que já ocupou simultaneamente uma vaga no Senado, outra na Câmara e detinha a Prefeitura, de repente ficou só com o seu mandato e sem ter onde acomodar os aliados. E sem espaço, eles correm para outro.

Hugo Motta também enfrenta tempos difíceis. Seu amigo Eduardo Cunha perdeu a presidência da Câmara e está preso. A avó foi afastada da prefeitura de Patos, a mãe e o padrasto acusados de desvios, e o pai, o deputado Nabor Wanderley, derrotado na cidade que lhe deu mais votos para federal. E por um tucano, Dinaldo Wanderley.

O jovem André Amaral ganhou o mandato federal de Manoel Júnior com 6.552 votos, quando um partido precisa de 14 mil votos para eleger um vereador em João Pessoa. Outros 13 suplentes receberam mais votos que ele, como Marcone Gadelha (60.435), Edvaldo Rosas (50.171) e Lúcio Rangel (48.157). Como não tem peso político, precisa de oportunidades para atrair apoios e não ficar apenas no mandato-tampão.

E eles ganharam Ricardo Marcelo, que após perder a presidência da Assembleia, há dois anos, licenciou-se do mandato e foi esquecido.

O presidente do PMDB, José Maranhão vai precisar de mais que argumentos para convencê-los de que ser oposição a Ricardo é a melhor opção. Parece impossível, porque é menos rebelião e mais luta pela sobrevivência.

TORPEDO

“Mesmo diante dos efeitos provocados pela crise econômica que atinge o país, é dever do poder público adotar práticas efetivas de valorização do servidor, a exemplo do pagamento em dia e de reajuste salarial.”

De Bruno Farias (PPS), líder da oposição a Luciano Cartaxo (PSD), cobrando atualização do salário mínimo e piso dos professores da Capital.

Receita cresceu

O Sindifisco divulgou o total dos impostos que foram pagos pelos paraibanos diretamente ao Estado, em dezembro: R$ 451,15 milhões, ou 14,21% a mais do que em 2015, quando recolheram R$ 395,35 milhões.

Mais cifras

O acumulado de 2016, só de ICMS, IPVA, ITCD, Funcep e taxas, totalizou R$ 5,18 bilhões, contra R$ 4,83 bilhões de 2015. Significa que superou a inflação, que foi de 6,29%, e registrou crescimento real de 1,33%.

A pergunta

Ao divulgar os números, o Sindifisco levantou uma questão: “como estão sendo geridos todos esses recursos e quais os verdadeiros motivos que levam o governo a não conceder reajuste salarial aos servidores públicos?”.

O alerta

Apesar da MP pela qual Ricardo Coutinho proibiu reajustes salariais, o Sindifisco iniciou sua campanha. Lembra que em 2015 recebeu 1%, e em 2016 nada. E avisa: “as categorias não aguentam mais um ano sem reajustes”.

ZIGUE-ZAGUE

A Camargo Corrêa deve seguir o exemplo da Odebrecht. Já negocia delação que envolve pelo menos 40 dos seus executivos. Alvos: Temer, Renan, Jucá, Kassab…

A operação “Cui bono”, ou “quem se beneficia?”, que apurou propina em operações da Caixa, é vista como poderoso estímulo para delação de Eduardo Cunha.

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