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?Bandido n?o vai afrontar a PM; vamos responder ? altura”, avisa coronel Euller Chaves

O comandante da Polícia Militar no Estado, coronel Euller Chaves, foi o entrevistado no programa ’27 Segundos’, da RCTV (emissora por assinatura do Sistema Correio de Comunicação), nesta quinta-feira (11), onde falou sobre a atuação da polícia e a situação da segurança pública. Ele disse que a PM da Paraíba está preparada para enfrentar os bandidos à altura e aconselhou que eles não afrontassem os integrantes da corporação.

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Mortes de policiais

“Estamos doloridos de algumas pancadas que mexem com a vida humana, mas a PM é forte e continuamos na luta. Haveremos de nos recuperar desses baques que fazem parte do processo”, contou o coronel. Ele se referiu aos assassinatos do cabo Bira, em Patos, no Sertão, e do sargento Da Silva, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Segundo ele, está clara a autoria dos crimes.

No caso de Patos, Euller afirmou ter certeza de que não houve intenção de matar um policial. O cabo Bira foi morto após puxar uma arma de fogo. “Ele planejou tanto uma reação que acabou dando a vida”, disse o comandante, acrescentando que o fato servirá para salvar muitas outras vidas, pois os envolvidos foram presos. Para o comandante, o crime contra o sargento Da Silva em Tibiri, em Santa Rita (município da Grande de João Pessoa), foi ‘premeditado’ por ficar claro que os autores sabiam que se tratava de um policial.

Ele também não classificou como ‘desfile’ da PM o que ocorreu após as detenções, dizendo que foi apenas a condução dos detidos até a delegacia, pois os mesmos estavam em São José do Bonfim. “O que é prioritário e essencial é que houve uma resposta imediata da PM. Os policiais cumpriram com o dever e não procuraram fazer exposições indevidas”, explicou o coronel, dizendo ainda que “bandido que tentar enfrentar a Polícia Militar não vai se dar bem”.

Euller parabenizou a corporação, classificando a operação como “louvável” e informou que os suspeitos foram devidamente protegidos durante o trajeto, evitando, assim, uma reação mais acalorada da população, revoltada pela perda de uma pessoa querida.

Já o caso de Santa Rita, para o entrevistado, foi totalmente distinto. Para ele, é possível que os bandidos tenham identificado os agentes da inteligência em viatura descaracterizada. O policial que sobreviveu, inclusive, já fez a identificação dos suspeitos.

Ainda dentro de tema, Euller Chaves disse que o Brasil, que apresenta muitos problemas socioeconômicos, precisa de um novo plano nacional de Segurança Pública. Segundo ele, a polícia acaba herdando problemáticas advindas de fatos como a pobreza e a falta de educação adequada. Ele procurou deixar claro que não depende apenas das forças policiais para que se controle a violência.

Mesmo se mostrando satisfeito com a aprovação no Senado da Lei que torna o assassinato de profissionais de segurança pública crime hediondo, o coronel classificou como “mínima” a proteção dos agentes em âmbito nacional. “É preciso dar segurança para quem dá segurança”, enfatizou.

Redução da maioridade penal

“Queda da maioridade não resolve problema da violência. Talvez minimize em primeiro momento e depois piore. A medida não traz resultados concretos para a redução dos crimes”, contou. Ele continuou dizendo que os menores apreendidos “entrarão em uma escola superior e aprenderão mais sobre o crime”, pois, segundo ele, o sistema prisional não ressocializa.

Ele criticou a legislação atual, principalmente no que diz respeito às detenções por porte ilegal de arma, e disse que “menores que participam de um crime precisam ser tratados pelo Estado de forma diferenciada, para que não voltem a cometer mais atos criminosos. “Prender sem qualidade da prisão não vai resolver o problema”.

Euller comparou a situação brasileira com a de países como Inglaterra e Itália, onde, segundo ele, há um homicídio a cada 100 mil habitantes. A taxa global é de seis a cada 100 mil. No Brasil, o número é alarmante: 29 a cada 100 mil. “Os países que conseguiram vencer a criminalidade endureceram as leis”, concluiu.

Explosões de caixas eletrônicos

As ações constantes de criminosos contra agências bancárias também foi um dos temas levantados em conversa com o jornalista Hermes de Luna. O comandante da PM disse que a corporação já trabalha intensamente nessas ocorrências. Ele informou que a polícia já prendeu e apreendeu na Paraíba mais de 80 envolvidos em explosões.

No entanto, ele disse que em casos como esses, os bandidos podem responder apenas por furto qualificado e receber sanções mais brandas. O coronel classificou tais ações como terrorismo e devem ser tratadas como crimes hediondos.

“O país precisa acordar para a necessidade de prender os bandidos e validar as ações da polícia”, finalizou.

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