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Camará tem fissuras e moradores temem nova tragédia; engenheiro explica

A Nova de Camará, como é chamada a barragem reinaugurada em setembro deste ano pelo governo do Estado, vem apresentando fissuras na estrutura e isso tem provocado temor nos moradores da cidade de Alagoa Grande, Agreste do estado a 103 km de João Pessoa. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram rachaduras nas paredes de concreto. Veja um dos vídeos abaixo. O governo minimizou o fato e disse que isso já é previsto em construções desse tipo. 

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Camará ficou conhecida depois do rompimento em 2004, deixando um rastro de devastação nas cidades paraibanas de Alagoa Grande, Mulungu, Alagoa Nova e Areia. A tragédia ocasionou a morte de quatro pessoas e deixou cerca de três mil desabrigados. Em 2013, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF) responsabilizou o governo da Paraíba pelo rompimento da barragem.

Após a divulgação das imagens com as rachaduras, a população teme que a história se repita e os moradores já comunicaram às autoridades sobre o problema.

De acordo com o engenheiro projetista Ricardo Holanda, da Holanda Engenharia, empresa responsável pelo projeto e acompanhamento da obra da barragem, o que parece ser rachadura, na verdade, é uma microfissura, chamada ‘junta de construção’. Holanda, que gravou um vídeo no local, garantiu que o problema é previsto em construções desse tipo, mas não oferece nenhum risco e não requer nenhum tipo de tratamento específico por parte da construção.

 

Nova Camará

As obras de reconstrução da Nova Camará começaram em 2012, custaram mais de R$ 48 milhões e foram entregues no dia 21 de setembro de 2016. O local tem capacidade de armazenar mais de 26 milhões de metros cúbicos de água. Segundo o Governo do Estado, a barragem foi reconstruída e vai abastecer 21 municípios da região do Brejo, beneficiando aproximadamente 225 mil habitantes. A obra conta com uma estação de tratamento e uma estação elevatória.

Tragédia

Na noite do dia 17 de junho de 2004 a barragem de Camará se rompeu, levando desespero para os moradores das cidades de Alagoa Nova, Alagoa Grande, Areia e Mulungu. Com o rompimento, foram lançados em torno de 17 milhões de metros cúbicos de água, causando devastação e inundando ruas da parte baixa desses municípios.

Até percorrer aproximadamente 25 quilômetros, a água saiu arrastando tudo pela frente: postes de energia elétrica, árvores, casas e pertences dos moradores. O rompimento da barragem deixou mais de 800 famílias desabrigadas e pessoas mortas. O governo do Estado decidiu pela reconstrução após ouvir prefeitos da região e renomados especialistas.

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