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Convulsão em crianças com síndrome congênita do Zika pode ser evitada

Em 2015, a população brasileira presenciou uma grave epidemia de Zika Vírus, que no Brasil é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarasse situação de emergência internacional para o surto. Junto ao aumento do número de pessoas infectadas, houve também um crescimento significativo dos casos de microcefalia (diminuição do tamanho normal da cabeça para a idade e o sexo). Na Paraíba, há 193 casos de crianças diagnosticadas com microcefalia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado.

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Com isso, a OMS reconheceu, no fim do mesmo ano, a relação entre a infecção pelo zika vírus e a má formação congênita que ocorre durante a gestação e provoca a microcefalia.

Além da microcefalia, especialistas notaram que o vírus é também a causa de outros problemas, mas que não necessariamente aparecem juntos em todos os casos. O conjunto de sinais e sintomas decorrentes da infecção congênita pelo zika vírus passou a ser chamado de “síndrome congênita do zika vírus”, podendo ocorrer em crianças que foram infectadas durante a gestação.

A síndrome pode ser identificada por meio de cinco características: microcefalia grave, tecido cerebral reduzido com padrão específico de danos ao cérebro, danos à parte posterior do olho, contraturas congênitas (como pé torto) e hipertonia (limitação dos movimentos corporais)1. Essas características podem provocar sequelas neurológicas, como problemas de visão e audição, deficiências de desenvolvimento e epilepsia, com ocorrência de crises convulsivas.

Até o momento não existe uma vacina que impeça a infecção. Porém, além da possibilidade de adotar medidas de prevenção que possam afastar o mosquito transmissor, existem tratamentos que contribuem para uma melhor qualidade de vida dos bebês, por exemplo, reduzindo a frequência de convulsões.

Controle das crises convulsivas como aliado à qualidade de vida do paciente
Convulsões, ou crises convulsivas, são um tipo de crise epiléptica, caracterizada por contrações involuntárias e repetidas de grupos musculares, que ocorrem devido a um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, os neurônios.

Há diversas causas possíveis de convulsões: febre alta, hipoglicemia, trauma craniano, intoxicação ou abstinência de drogas e infecções, como, por exemplo, a infecção pelo zika vírus. Possíveis consequências decorrentes das convulsões são a perda temporária de consciência, aumento da salivação, ranger de dentes e liberação de esfíncteres, com perda de urina ou fezes durante as crises.

O tratamento medicamentoso das crises epilépticas é feito com o uso de fármacos antiepilépticos (FAEs), cuja escolha depende de fatores como o tipo de crise e segurança para a faixa etária. Na síndrome congênita pelo zika vírus podem ocorrer vários tipos de crises epilépticas: espasmos, crises generalizadas e focais. Por isso, é importante ter uma gama de FAEs disponíveis para tratar esta população.

Levetiracetam (Keppra), da biofarmacêutica UCB, foi incorporado no início do mês no Sistema Público de Saúde (SUS) de Pernambuco, primeiro estado do país a adotar tal medida com foco nos pacientes acometidos pela síndrome.

Tendo em vista o a grande incidência de recém-nascidos que apresentam a síndrome congênita do zika vírus desde 2015, a disponibilização deste tratamento é importante para garantir que os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida e convívio com sua condição. Levetiracetam é um FAE indicado para o tratamento de diversos tipos de crises, incluindo crises generalizadas e focais.

A iniciativa do estado de Pernambuco é uma referência e pode ser um exemplo a ser adotado em outros estados do país, beneficiando mais pacientes.

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