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Dilma diz que pa?s vive cultura do golpe e que n?o cogita renunciar

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (12) que não vê mais condições de ocorrer um golpe de Estado no Brasil, “apesar de existir ainda no país a cultura do golpe”. “Eu vejo uma tentativa bastante incipiente e muito artificial de criar clima desse tipo, disse. Ao falar sobre renúncia, a presidente afirmou que essa possibilidade não existe. “Por que eu jamais cogito de renunciar? Porque não é possível que alguém, discordando de algum processo ou de alguma política, pretenda tirar um representante, no caso a presidente legitimamente eleita pelo voto popular”.

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Dilma afirmou ainda que é humana para assumir os erros que cometeu, mas que eles não são “justamente” os que são apontados pelos comentaristas políticos. “Eu acredito que devia ter me esforçado ainda mais para garantir que o Brasil não tivesse tantas amarras para investir no caso da infraestrutura. Eu poderia ter, é difícil fazer, mas poderia ter me empenhado mais para fazer mais coisa. Sempre se pode empenhar mais”, disse, ao responder pegunta sobre o que consideraria erros do primeiro mandato.

Ao ser indagada sobre as manifestações do próximo domingo (16) contra o governo federal, Dilma disse que conviver com as diferenças é normal em uma democracia. “O que temos de evitar é a intolerância. Ela leva a conflitos que não têm solução, divide o país”, disse.

Sobre a relação com o Congresso Nacional, a presidente afirmou que o governo sempre pôde contar com os parlamentares e negou que esteja isolada. “Não acho que estamos num isolamento político. O fato é, eu acho que tem muita volatilidade e isso contamina o ambiente”.

Dilma negou a existência de intriga entre ela e o vice-presidente da República, Michel Temer, e, sobre a relação entre os Poderes, afirmou que todos têm responsabilidades com o país. “Não acho que a Câmara não tem responsabilidade com país. Não acredito que pautas-bomba vão proliferar no Congresso. Não pode ter irresponsabilidade, e não pode aceitar a teoria do quanto pior melhor. Não [se pode] permitir que a política contamine a economia. Tem de aumentar a consciência, responsabilidade em relação ao país. Todos: o Congresso, o Executivo e o Judiciário”.

Ao falar da Agenda Brasil, anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, a presidente disse que “tem muita coisa boa”. “Tem várias coisas que o governo eventualmente não concorda. Não significa que a agenda toda não seja valorosa, e não seja uma grande iniciativa do presidente Renan propô-la”, afirmou.

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