Record/Correio no Pan 2015 – A cena tem se tornado repetitiva nos Jogos Pan-Americanos. Quando tem brasileiro no pódio recebendo medalha, basta tocar o hino nacional para o atleta fazer sinal de continência. Mas, por quê?
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O motivo é que depois de uma parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério do Esporte, vários atletas da elite se alistaram nas Forças Armadas e passaram a ser militares, representando Exército, Marinha ou Aeronáutica.
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Com isso, os atletas ganham um salário de até R$ 4 mil, têm direito à assistência médica e podem utilizar todas as instalações esportivas militares.
“Estou no Exército desde 2009. E todos os atletas que representam, não só o Exército, mas também a Marinha e a Aeronáutica, têm orgulho de ser militar. No treinamento, nós ficamos na mata, fizemos várias atividades que não são comuns no dia a dia”, contou Luciano Corrêa, medalha de ouro no judô em Toronto na categoria até 100kg.
“A gente aprendeu muita coisa [no Exército] e pegou o espírito do militarismo”, disse Mayra Aguiar, terceiro sargento da Marinha e prata no Pan.
No judô, bater continência no pódio foi praticamente unanimidade entre os brasileiros. No entanto, a atitude tem levantado polêmica já que muitas pessoas enxergam razões políticas no gesto militar. Ao todo o Brasil tem 600 atletas-militares, divididos entre Aeronáutica, Marinha e Exército. Destes, 123 integram a delegação que está em Toronto.
Os Jogos de Toronto são transmitidos pela Rede Record (TV Correio HD na Paraíba), com exclusividade na TV aberta.