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Estela

Engana-se quem tem a candidatura do operoso secretário João Azevedo como favas contadas no PSB. Que João é um bom quadro e que o PSB caminha para ter candidatura própria em João Pessoa, disso ninguém tem dúvidas, e os sinais são fartos e reveladores, mas muita água ainda vai rolar por debaixo dessa ponte.

Não há como se aprofundar nesse processo sem citar a deputada Estela Bezerra. O nome dela está e estará ainda mais forte no jogo lá na frente, por muitas razões. A primeira delas; tem total confiança de Ricardo Coutinho e é do grupo quem mais desfruta de prestígio pessoal junto ao governador.

Ex-candidata improvisada de última hora à prefeita de João Pessoa, Estela Bezerra foi muito mais longe do que se poderia imaginar, para o contexto turbulento e adverso da época. Por muito pouco não disputou o segundo turno com Luciano Cartaxo e deixou pra trás José Maranhão, um cacique tarimbado da política paraibana.

Estreante na política, ela enfrentou pesos pesados com um bloco completamente esfacelado pelo rompimento do então prefeito Luciano Agra. O PSB se dividiu entre quem ficou com Cartaxo e quem seguiu Ricardo. E nessa segunda ala houve muitos que, por absoluta apatia e descrença no potencial da candidatura, cruzou os braços.

De 2012 pra cá, Estela Bezerra revelou uma capacidade enorme de se reinventar e dar a volta por cima. Foi premiada com a passagem pela Secretaria de Comunicação, cuja falta de apetite e desempenho abreviou sua permanência. Substituída, todos achavam que ela tinha entrado em desgraça no governo. Nada disso. Ganhou novo fôlego e saiu de 2014 com um mandato debaixo do braço.

Desenvolta, como poucos, na defesa do “projeto”, o mandato e a presidência da CCJ lhe dão vitrine permanente em João Pessoa e presença viva na cabeça do pessoense, componente que possibilita certa vantagem na cena pública. Na corrida interna, porém, acumula arestas a serem aparadas e tem o desafio de recuperar relações no PSB. Nada que com jeito e habilidade não consiga superar e sensibilizar seus pares. Principalmente, a partir do momento em que a “tropa” ouvir ou sentir sinal verde do “chefe”, como alguns tratam o líder girassol.

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