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Estrat?gias de Bras?lia

O clima de suspiro e trégua para o Governo não durou dez dias. Uma
semana que teria iniciado calma, voltou a enfrentar turbulências com a
proximidade da sexta-feira. A decisão do ministro Gilmar Mendes em
determinar que a Polícia Federal e o Ministério Público da União apurem
indícios de que a campanha da Presidente Dilma teria sido irrigada com
recursos desviados da Petrobrás, e o anúncio da saída do vice Michel
Temer da articulação política do Governo – tudo no mesmo dia – soou como
mais uma bomba para o Governo em Brasília, que volta a ficar “à
reboque” das más notícias. A oposição, rápida no gatilho, aproveita a
oportunidade para fazer o dever de casa: unir as idéias e o discurso.
Amanhã está marcada reunião entre os representantes e membros do PSDB,
DEM PPS, Solidariedade e até de integrantes do PMDB, com representantes
da sociedade civil – inclusive os coordenadores dos movimentos de rua
que já se articulam para o 7 de setembro. Porém, o maior desafio das
oposições será unificar as vozes divergentes dentro do próprio PSDB.  Já
a movimentação do Vice Michel Temer parece obedecer a dois critérios: o
da insatisfação e o da estratégia. O primeiro estaria dividido entre o
peso da crise econômica – que atrapalha a liberação de recursos para
emendas parlamentares – e o peso da crise política, onde ministros
petistas estariam atrapalhando as nomeações de segundo e terceiro
escalões combinadas no Congresso Nacional. O segundo seria o que se
chama “dar um passo pra trás para, em seguida, dar dois à frente”.
Michel Temer estaria saindo da articulação ‘do’ Governo para se
articular ‘ao’ Governo, ou seja, se consolidar como alternativa de
poder. Não custa lembrar que o PMDB de Michel Temer é o beneficiário
direto numa hipótese da presidente Dilma não concluir o mandato – à
exceção de uma decisão do TSE que impugnaria a chapa ‘Dilma-Temer’.
Sobre isso, as oposições se articulam no chamado “acordão da Câmara”.
Explica-se: o presidente Eduardo Cunha fragilizado pelas denúncias da
Lava Jato proporia ao plenário a análise dos pedidos de impeachment
contra a Presidente e, ato contínuo, decidiria monocraticamente pela
rejeição. Neste momento, aliados apresentariam recurso em plenário,
contra a sua própria decisão, para dar prosseguimento ao caso. Ele
acataria o recurso e colocaria em votação a análise do processo, tirando
o peso da responsabilidade e a “iniciativa” do impeachment de seus
ombros, caso seja aprovado. Mais um capítulo de uma história sem fim da
“Novela Brasil”, onde bem se diz: “em um dia, de uma nova semana, tudo
pode mudar…inclusive pra pior”!

 

PEC SUPREMA

Está pautada para esta semana na CCJ da Câmara dos Deputados, a votação em torno da admissibilidade da PEC 55/2015 que estabelece mandato de dez anos para os ministros integrantes do Supremo Tribunal Federal. O fim da vitaliciedade, na chamada “PEC Suprema”, é de autoria do deputado Pedro Cunha Lima.

TNT

Wellington Roberto é o relator em Comissão Especial que vai regulamentar o piso nacional dos vigilantes. A discussão vai integrar também a questão do controle sobre transportes de cargas explosivas em mineradoras e pedreiras, alvo dos bandidos que buscam dinamites para explodir caixas eletrônicos pelo país afora…

PEGA LADRÃO

O início dos trabalhos da CPI dos Fundos de Pensão presidida por Efraim Filho já deu o que falar. Ainda ontem a Folha de S. Paulo publicava frase de efeito do parlamentar: “Já ouvimos quem perdeu com as fraudes nos fundos, os pensionistas. Vamos agora pra cima de “quem ganhou”, os representantes desses fundos”!

OLHO MÁGICO

O anúncio da saída do Vice Presidente Michel Temer da articulação política do Governo com o Congresso Nacional não foi nenhuma surpresa, pelo menos para o senador José Maranhão. Ele nunca viu no colega perfil adequado para encarar ambientes de crise e de muita pressão. “Temer é como uma flor de laranjeira…não dá!”

LÁ & CÁ

Dividido entre as convenções municipais de seu partido – marcada para o próximo dia 30 onde espera pavimentar seu caminho como pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa – e o cenário político nacional, Manoel Júnior foi um dos que alertaram Michel Temer a não embarcar na articulação política do Planalto…

 

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