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Evento em JP orienta famílias interessadas em adoção e pede criação de Centro de Referência

Famílias interessadas em adotar crianças e adolescentes terão uma boa oportunidade para tirar dúvidas sobre o processo nesta quarta-feira (25), em João Pessoa. Evento em alusão ao Dia Nacional da Adoção pretende mobilizar centenas de pessoas na área externa do Conselho Tutelar Norte, na Avenida Sergipe, Bairro dos Estados. A ação acontece das 8h às 17h.

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Haverá distribuição de materiais informativos, inscrição para curso de preparação de pretendentes à adoção, coleta de assinaturas para criação de um Centro de Referência em Adoção na Capital e bazar solidário para arrecadação de fundos para o Grupo de Estudos e Apoio a Adoção em João Pessoa (Gead-JP).

Atualmente, há 62 crianças e adolescentes esperando por uma família na Paraíba, ao passo que 398 pessoas aguardam na lista de espera por um filho adotivo. Os dados são do Cadastro Nacional de Adoção, atualizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A educadora Lenilde Cordeiro, do Gead-JP, explica que a discrepância nos números acontece pela falta de investimento e políticas públicas para orientação dos pretendentes.

“Essa desigualdade nos números se dá devido a dois fatores: o primeiro é que os pretendentes não são preparados para mudar a cultura de fazer muitas exigências quanto ao perfil da criança na hora da adoção. Muitos só querem recém-nascidos ou crianças pequenas e se negam a adotar negros, crianças com irmãos também para adoção ou com algum tipo de deficiência. Outro fator é a falta de contato dos pretendentes com as crianças. Se houvesse mais encontros entre eles tenho certeza que os pretendentes iriam quebrar os próprios preconceitos, pois o amor surgiria ao olhar nos olhos das crianças”, analisa.

“Há cinco anos fazemos uma festa para promover o encontro de crianças com casais que desejam adotar um filho. Lembro bem do caso de um casal que queria uma menina de até quatro anos, mas acabou se apaixonando e adotando um menino de nove”, exemplifica.

Lenilde Cordeiro destaca que a criação de um Centro de Referência em Adoção ajudaria a aperfeiçoar consideravelmente os processos de adoção.

“Os pais precisam de orientação e o Judiciário não dá conta desse serviço. Precisamos de um espaço com psicólogos e assistentes sociais para auxiliar pretendentes e mães que querem doar seus filhos para adoção. Por isso vamos fazer um abaixo assinado no evento de amanhã [quarta-feira]. Já procuramos a Câmara dos Vereadores e a ALPB, mas até agora de nada adiantou”, diz.

A educadora reivindica ainda que o Estado assuma a responsabilidade com o futuro das crianças e adolescentes: “É uma violação de direitos permitir que eles sejam criados em abrigos, não podemos fechar os olhos para essa situação, não podemos esquecê-los”, conclui.  

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