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Família mostra como manter a verdadeira tradição do Natal

Amor, solidariedade ao próximo e reflexão sobre a vida são algumas características marcantes do espírito de Natal para os cristãos. A data, comemorada nesta segunda-feira (25), é uma das mais importantes para a Igreja Católica, que a considera muito além de uma festividade.

Para uma família paraibana e cristã, podem se passar anos, mas o ritual continua o mesmo. Os ‘Santana’ fazem questão de reunir familiares e amigos mais próximos para, juntos, comemorarem o natalício de Jesus.

Para o pároco Egídio Carvalho, atuante na Paróquia Santo Antônio de Lisboa, em Tambaú, em João Pessoa, o Natal tem um significado especial e precisa ser celebrado com muito amor e compaixão.

“O Natal, para a Igreja Católica, é muito mais do que, simplesmente, a festa do aniversário de um menino que nasceu há mais de 2 mil anos atrás. O Natal significa o dia em que Deus encarnou na história humana. Por essa razão, a festa do Natal é a que enche de alegria e de esperança o coração de todos os católicos no mundo”, disse ele ao Portal Correio.

O padre ainda enfatizou o que a Igreja espera dos católicos nesta época, em especial. “Esta é a época que a palavra de Deus nos convida para nos alegrar; alegria porque Deus, mais uma vez, vai se encarnar no meio de nós. Precisamos nos converter; converter nosso coração, tirar tudo que não presta para que Ele nasça nos nossos corações. Este período também exige fraternidade e solidariedade”.

Reunir a família em torno de uma grande mesa, com pernil, peru e panetone, por exemplo, já não é uma programação tão presente nas noites natalinas, especialmente para os mais jovens. A arte de enfeitar as casas para celebrar o nascimento de Jesus com presépios também é algo que parece estar se tornando cada vez mais raro. Mas se depender da família Santana, as tradições não serão esquecidas nunca.

Sete irmãs, todas com o nome ‘Maria’, em alusão à Nossa Senhora, reúnem, todos os anos, filhos, sobrinhos e netos na casa 292 de uma rua no bairro dos Bancários, na Zona Sul da Capital, para celebrar o nascimento de Jesus.

“A tradição vem desde meu pai e minha mãe. Todos nós crescemos sendo evangelizados em um lar cristão, então esse costume, acredito eu, vai durar pra toda a vida, porque todo mundo é criado assim, com união”, disse Maria Bernadete.

Na rua, a casa é conhecida e indica logo que ali mora uma família que dá grande importância ao Natal.

Na noite natalina, a ceia compartilhada chega a reunir cerca de 60 pessoas entre familiares, agregados e amigos. “A gente sempre se reúne. Em todas as datas festivas fazemos uma grande celebração familiar. Na Páscoa, por exemplo, é do mesmo jeito”, contou Berna.

A tradição de fazer um ‘Auto de Natal’ na véspera natalina também permanece viva na casa dos Santana Pessoa. “Todos da família participam. A gente distribui os papéis, marca um dia para ensaiar e, na noite de Natal, apresentamos a peça para nós mesmos. É uma tradição que amamos ter”, relatou Maria Bernadete.

Outros costumes fazem parte da família no Natal. As sete filhas de ‘Pedro Rezador’, como era conhecido por orar pelas pessoas, reúnem-se para compartilhar, entre si, artesanatos para doação. No momento chamado ‘Arte das Marias’, elas colecionam experiências que, segundo os familiares, serão inesquecíveis para toda a família.

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