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Frio e sil?ncio da Isl?ndia s?o destaques em mostra fotogr?fica no Casar?o 34, na Capital

O fotógrafo Joel Veiga abre nesta quinta-feira (16), às 19h, a exposição “Meridianos”, uma coleção de 16 fotografias em preto e branco de belas paisagens gélidas da Islândia, captadas durante um curto período de tempo que ele passou na Escandinávia invernal, este ano. O acervo vai ficar em cartaz no Casarão 34, na Praça Dom Adauto, em João Pessoa até 28 de agosto, com entrada gratuita.

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“Meridianos” revela uma realidade diametralmente oposta à da ensolarada João Pessoa natal, com temperaturas que batiam nos -25 ºC, manhãs que chegavam apenas às 11h e frequentes auroras boreais, todas resultando em imagens que parecem contrapor dois mundos divididos por hemisférios. Também significa, para o artista de 29 anos, o encontro profissional com o espiritual que as baixas temperaturas simbolizam.

“Como vivi toda a minha infância e adolescência na Paraíba, apenas desenvolvi uma ideia do que seria o frio. Quando saí para morar no Nordeste norte-americano, aí sim, passei a vivê-lo. Junto à temperatura, pude ter o silêncio – por isso, para mim, estes dois elementos não se dissociam, constituem uma condição de sentido territorial da vida”, reflete.

“As fotografias de Joel Veiga são, em sentido amplo, autorreferentes. Seus anseios e questionamentos acerca das coisas da vida, do mundo, do tempo e dos ambientes que o circundam estão postos nas imagens sob os mais diversos ângulos nada (ou quase nada) harmoniosos, em razão dos cortes fora de enquadramento. Por isso que algumas fotografias dessa série provocam um certo desconforto no espectador logo ao primeiro instante”, pontua Valquíria Farias, diretora do Casarão.

Para Veiga, o silêncio encontrado no frio torna visível o “sentido territorial da vida”, sua amplitude, assim como impermanência. Em “Meridianos”, os reflexos estão na ausência e na distância: das coisas, dos fatos cotidianos, da desnecessidade de falas e informações em excesso e da própria diluição do tempo. “Gostaria que as pessoas pudessem sentir o silêncio do mundo e, quem sabe, sentir o meu silêncio nessas fotografias”, espera.

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