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Homenagens a Iemanjá têm caminhada e festa na praia

Centenas de adeptos do candomblé festejaram o dia de Iemanjá, nessa sexta-feira (8), com a tradicional caminhada que sai do Palácio de Xangô Alafin, no bairro Cruz das Armas e segue até o Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú, na Capital. Na praia, mais uma edição da festa em homenagem à ‘rainha do mar’ atraiu centenas de seguidores da religião, além de turistas e pessoenses que acompanharam as apresentações.

Já era pôr do sol quando um grupo de cerca de 300 candomblecistas partiram de Cruz das Armas, seguindo 10 carros abertos, que levavam guias religiosos, caracterizados de orixás. Em um dos carros, estava a representante de Iemanjá que, para os seguidores da religião, representa a figura de mãe, assim como Nossa Senhora é para os católicos. Os caminhantes eram guiados pelo Pai Gilberto, líder do Palácio Xangô Alafin, que falou do significado da festa para a fé de seus seguidores. “Primeiro estamos felizes por ver um número maior de participantes a cada ano. Depois é um momento de passar para João Pessoa uma mensagem de amor, pedindo que as pessoas amem mais as outras. Que haja paz entre as pessoas e que Deus e Iemanjá nos proteja”, disse.

Durante o cortejo, Pai Gilberto também falou sobre o preconceito que os seguidores do candomblé ainda sofre. Enquanto ele falava, pessoas de outras religiões, que passavam em carros, ao lado do cortejo, pela Avenida Vasco da Gama, gritavam palavras de intolerância, que comprovaram o que o líder falava. “Tem diminuído bastante esse preconceito, mas ainda existe e é muito forte. Mas prefiro destacar que as pessoas estão mais abertas e que as demais entendam que o Deus é um só. Acima dele não existe nada e abaixo dele existe tudo”, finalizou.

Durante mais de duas horas os religiosos seguiram em caminhada, até serem recebidos com aplausos na praia de Tambaú. Enquanto o cortejo não chegava, a festa já acontecia em frente ao Busto de Tamandaré, com apresentações de capoeira e afroxé, artes que representam a cultura de matriz africana. Após uma celebração no terreiro tradicionalmente montado na areia, religiosos e simpatizantes levaram oferendas ao mar, dedicando à Iemanjá. Um grupo de pescadores levaram oferendas preparadas por terreiros da Capital, para serem depositadas em alto mar.

*Com Ainoã Geminiano, do Jornal Correio da Paraíba.

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