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Mais uma vez, a música pernambucana marca presença no projeto Música do Mundo, promovido pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba. Depois da edição de agosto, que trouxe a João Pessoa o Spok Frevo, a atração de setembro fica por conta da Orquestra Contemporânea de Olinda, que se apresenta na sexta-feira (9), às 21h, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, na Capital. Os ingressos custam R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (meia entrada). A bilheteria abre com uma hora de antecedência.
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A big band olindense traz à capital paraibana as músicas de seu novo trabalho, intitulado “Bonfim”. Dançante e envolvente, o terceiro álbum da Orquestra Contemporânea de Olinda faz referência ao nome de um bairro da cidade onde foi formada.
Nesse trabalho recente, a banda que desde 2008 trilha um caminho crescente no cenário da música brasileira, volta confortável para casa. O bom fim de um ciclo criativo para um recomeço, com tudo de melhor que a palavra traz. Retorno ao que Olinda tem de mais rico: os moradores, os candomblés e seus afoxés, os cocos de umbigada, do Pneu e da Xambá. As loas de maracatu da Tabajara. As figuras fantásticas em um carnaval reconhecido no mundo todo. Os sete músicos pernambucanos, de performance surpreendente no palco, vivem, se alimentam dessa Olinda transbordante de arte e autorreferências, ao mesmo tempo cosmopolita, transitando lado a lado com o que vem de fora.
Dessa mistura de tradições e influências, Gilú Amaral (percussão), Rapha B (bateria), Hugo Gila (baixo), Juliano Holanda (guitarra), Tiné e Maciel Salú (vocais) e ainda um dos mais expressivos saxofonistas do país, o maestro Ivan do Espírito Santo, unem-se a um trio de metais (trompete, trombone e tuba) vindo do Grêmio Musical Henrique Dias, primeira escola profissionalizante de frevo de Olinda. Após oito anos de estrada, a Orquestra Contemporânea de Olinda nunca se sentiu tão segura do seu lugar e da força da música que faz.
Em 2008, a OCO lançou seu primeiro álbum, que levava o nome da banda. Com ele, foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira (2009) e ao Grammy Latino (2010). O Globo elegeu o show de lançamento da turnê O Melhor Show do Ano (2008). Em 2010, fez sua primeira entrada nos EUA, com sala de concerto no Lincoln Center lotada, em apresentação memorável que ganhou página no The New York Times. Em 2012, a OCO lança seu segundo álbum de carreira, Pra Ficar, com produção musical de Arto Lindsay. No ano seguinte, segue para a Europa com apresentação no requisitado palco da Womex. Ainda em 2013 é uma das vencedoras do Prêmio Petrobras Cultural e em 2014 circula pelas principais do país com o show “Pra Ficar”. Desde 2015, circula pelo Brasil com a turnê do álbum “Bonfim”.
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