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O cerco ao PMDB

Comandando o País há 13 anos, com o poder de nomear e exonerar, de autorizar e de vetar, o PT não pode fugir da responsabilidade pela corrupção revelada pela Lava Jato. Perdeu a Presidência e saiu bem menor da última eleição. A explicação, se é que é necessária, está na última pesquisa Ipsos: foi apontado por 72% como o partido mais corrupto do Brasil.

Agora quem está na poder é o PMDB, e se não tomar cuidado, pode sofrer a mesma rejeição. Com Eduardo Cunha cassado e preso, o senador Renan Calheiros virou símbolo do que está sendo condenado pelos brasileiros, e personagem principal das manifestações do último domingo. O grito “Fora Renan” foi repetido de Norte a Sul.

O Rede aproveitou o clima e ingressou com ação no STF contra Renan Calheiros. Sustentou que ao virar réu por crime de peculato, “passou a existir impedimento incontornável” para sua a permanência na Presidência do Senado Federal. O ministro Marco Aurélio Mello concordou e concedeu liminar afastando-o do comando da Casa.

E isso acontece quando o governo ainda não se recuperou do desgaste provocado pelo caso Geddel Vieira Lima, que respingou em Michel Temer, que ainda não conseguiu uma reação da economia e vai ter que encarar o debate e as resistências à reforma da previdência, que inevitavelmente vai impactar sua imagem e testar sua base.

Tem mais: o Diretório mais forte do PMDB, o do Rio de Janeiro, teve sua imagem arranhada com Eduardo Cunha, e mais recentemente, com as revelações sobre desvios e a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, isso sem falar da gravíssima crise no governo do Estado.

Há ainda investigações contra o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (operação Reis do Gado), e os vazamentos da delação da Odebrecht, que comprometem várias outras estrelas do partido. Nessa lista cabe também a investigação contra o ex-senador Vital do Rêgo, agora ministro do TCU e sem filiação, mas que já foi da cúpula.

O PMDB já perdeu a presidência da Câmara, e, provisoriamente, a do Senado. Se não agir diferente do PT, poderá encarar o mesmo destino, porque é a bola da vez. E sem um Lula, com popularidade para manter viva a esperança de uma volta por cima.

TORPEDO

Queremos que o país volte a ter estabilidade. Governar é um desafio enorme para os gestores, porém fomos eleitos para fazer o melhor pelo povo, então temos que encontrar, juntos, alternativas.

Do governador Ricardo Coutinho (PSB), para os prefeitos eleitos e reeleitos que participaram do encontro que convocou.

Lição de RC

Ricardo Coutinho animou os que estão com medo da crise: “Estamos dizendo claramente que é possível fazer mais com menos. É um desafio dos prefeitos que assumem ou reassumem em primeiro de janeiro”.

Alfinetada

Ainda RC: “Aqueles que querem convergir com as políticas públicas que vêm transformando a Paraíba marcam presença neste evento. Juntos, queremos dar uma qualidade de vida melhor para nossa população”.

Julgamento

Santa Rita vai saber hoje se o prefeito eleito Emerson Panta (PSDB) assumirá ou se haverá nova eleição. O recurso contra a impugnação que sofreu está na pauta de hoje do TSE. O relator é o ministro Luiz Fux.

Abuso?

A OAB Nacional, por solicitação da seccional paraibana, vai questionar no STF as custas judiciais cobradas pelo Poder Judiciário na Paraíba. Paulo Maia diz que são as mais caras do país e que impede o acesso à Justiça.

ZIGUE-ZAGUE

Michel Temer apresentou a líderes da sua base a reforma da Previdência que enviará hoje ao Congresso. Propõe idade mínima de 65 anos para aposentadoria.

Em defesa da proposta, Henrique Meirelles afirmou: “Mais do que a idade em que a pessoa vai se aposentar, [importante] é a segurança de que vai receber”.

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