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O projeto de Cartaxo

Se os adversários estão preocupados apenas com os contatos políticos que o prefeito Luciano Cartaxo vem mantendo para se viabilizar para a disputa pelo Palácio da Redenção, revejam essa ideia. Ele está gastando mais energia em garantir diferenciais administrativos em João Pessoa, que respaldem a imagem de gestor eficiente, focado em qualidade de vida, adepto do diálogo, ou seja, o oposto dos “faraós” da política, que seguem o “quero, posso e mando.

Depois da Lava Jato, o eleitor vai exigir mais do que ficha limpa. Visão, capacidade de gestão e atitudes no exercício do poder vão determinar os votos. Os legados de outros mandatos serão prova – a favor ou contra – dos que se propõem a administrar os impostos dos cidadãos.

Cartaxo começa a semana com uma vitória significativa: após três anos de negociações e de pesquisas, definições de projetos e habilitação financeira, fechou com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o promissor projeto “João Pessoa Cidade Sustentável”.

Serão US$ 200 milhões em investimentos, ou R$ 620 milhões considerando o dólar a R$ 3,10. Representa 25% das receitas previstas no orçamento 2017 para bancar todas as despesas e obras novas. O BID entra com 50% e a Prefeitura, com apoio da Caixa, com o restante.

Cartaxo só conseguiu por conta de outra vitória de sua gestão, destacada pela representante do BID, Marcia Casseb: a nota de João Pessoa na avaliação fiscal do Tesouro Nacional é “B”. Ela disse que pouquíssimas prefeituras do Brasil têm essa condição.

Um exemplo do que o “Cidade Sustentável” vai modificar: quem passa pela avenida Beira Rio não vê, mas nas suas margens existem nove comunidades marcadas pela pobreza e sem qualquer infraestrutura. Serão as primeiras a serem atendidas com habitação, saneamento e urbanização.

A área do antigo lixão do Róger será requalificada, novos corredores estão previstos nos projetos de mobilidade, além de um Parque Tecnológico e um Centro de Controle e Monitoramento da cidade, para atender áreas de segurança e mobilidade.

A partir de agora, o maior adversário de Cartaxo será o tempo. Terá que correr para transformar esses projetos em realizações e adicioná-los ao discurso. Falta um ano para a data na qual terá de decidir se fica ou se vai encarar o desafio do Palácio da Redenção.

TORPEDO

O Tesouro Nacional faz ranking das cidades, em termos fiscais, de A a D. Só os clientes que estão A ou B podem conseguir empréstimo. Por que estamos conseguindo fechar esta parceria aqui? Porque a prefeitura está B.

De Márcia Casseb (BID), destacando que a boa situação fiscal garantiu a inclusão de João Pessoa no programa “Cidade Sustentável”.

Rumo a 2018

Está confirmada para amanhã a reunião da Executiva Estadual do PMDB, solicitada por parlamentares federais e estaduais e que discutirá os rumos, na Paraíba, do partido que acaba de completar 51 anos de vida no Brasil.

Com quem?

Fundador do partido, o presidente José Maranhão vai ouvir argumentos dos que apoiam o governador Ricardo Coutinho e querem aliança formal com o PSB, e dos que preferem continuar com os partidos na oposição.

Tendência

Não se espera nenhuma decisão drástica do PMDB. Ainda falta um ano para o prazo que obrigará revelações de candidaturas ao governo e antes disso será aprovada reforma eleitoral que pode inviabilizar as coligações.

Cenário

Entre peemedebistas as apostas são de que vão discutir relacionamento, mas as definições ficarão para quando o cenário estiver mais claro, inclusive no que diz respeito as alianças nacionais e suas repercussões.

ZIGUE-ZAGUE

+ PT, PMDB e PSDB já entregaram no TSE suas alegações finais na ação que pede cassação da chapa Dilma-Temer, e que tem como relator o ministro Herman Benjamin.

+ A defesa de Temer pede que depoimentos da Odebrecht sejam anulados, pois teriam se baseado em vazamentos ilegais à imprensa. Ou seja, não têm resposta.

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