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O tempo e a unidade

O ex-presidente Fernando Collor, quando acusado de corrupção pelo irmão, Pedro, popularizou no Brasil o provérbio português segundo o qual “o tempo é o senhor da razão”. Significa que os fatos podem ser manipulados, que as emoções podem comprometer o entendimento, mas só por um tempo, não por todo o tempo.

O PMDB da Paraíba deve estar praticando esse ensinamento na condução do seu conflito interno, pois demorou três meses para marcar a reunião solicitada pelos que questionam os rumos do partido. Deu tempo para acalmar os ânimos que estavam em ebulição no início do ano.

A reunião será segunda-feira. De um lado estarão os que descartam aliança com o governador Ricardo Coutinho e seu PSB, bandeira do presidente José Maranhão e do vice-prefeito Manoel Júnior, que pode passar a comandar a Capital em razão da sucessão.

Do outro, os que perderam espaços nas eleições municipais de 2016 e acham que uma parceria com o pessebista é mais vantajosa do que com os adversários paroquiais que estão filiados principalmente ao PSDB. Pensam assim o deputado Veneziano Vital do Rêgo e o senador Raimundo Lira.

Veneziano relaciona sua derrota à decisão do PMDB de indicar o vice-prefeito de Luciano Cartaxo em João Pessoa ao invés de apoiar um candidato de Ricardo Coutinho, que em retaliação lançou Adriano Galdino em Campina. Manoel Junior, que foi eleito, contesta.

Em janeiro, no auge do movimento dissidente, Raimundo Lira despontava como futuro líder do partido do Presidente da República no Senado ou presidente da mais importante comissão da Casa, a CCJ. A expectativa de poder fortaleceu sua posição na Paraíba.

Em fevereiro, o paraibano foi atropelado nas suas duas pretensões pelo poderoso Renan Calheiros, que assumiu a liderança do PMDB e indicou Edison Lobão para a CCJ. Na reunião da bancada, José Maranhão fez declaração de voto a favor do conterrâneo.

Março chegou com Maranhão e Lira admitindo uma chapa peemedebista para 2018, discurso que pode adiar decisão sobre parcerias para o ano eleitoral, quando o cenário estará mais claro. A reunião de segunda-feira mostrará se o tempo foi aliado da unidade partidária.

TORPEDO

“O problema é que as empresas, lojas, estabelecimentos em geral sempre querem tirar vantagem e vivem tentando driblar a lei. A relação de consumo deve ser saudável, sem que ninguém seja prejudicado.”

De Jutay Meneses (PRB), que por ocasião do Dia do Consumidor pediu ao MP-Procon que fiscalize leis estaduais criadas para proteger cidadão.

Privilégio 1

O juiz Aluizio Bezerra considera “tiro no pé” o movimento dos que querem punir a corrupção de políticos acabando com o foro privilegiado. Explica que com mais instâncias, poderão postegar desfecho dos processos.

Privilégio 2

Para o juiz que coordenou a Meta 4 do CNJ – a que combate os crimes de improbidade – melhor no SFT, de cuja decisão não cabe recurso, o que compensaria até demora no julgamento. Mas acha que pode ser agilizado.

Sem diálogo

O presidente do Sindisfisco, Manoel Isidro informa que agentes fiscais podem aumentar para dois dias por semana a paralisação que tem como objetivo forçar o governo a negociar melhoria salarial para a categoria.

Próximo passo

Manoel Isidro explica que o governo tem ignorado o movimento. Ele disse que até aqui houve preocupação em não prejudicar a arrecadação do Estado, mas que com uma ampliação do movimento pode ser inevitável.

ZIGUE-ZAGUE

Rodrigo Janot protocolou 320 peças no STF, com base nas delações da Odebrecht: são 83 pedidos de inquéritos, 211 declínios de competência, 7 arquivamentos e 19 outras providências.

Ainda não se sabe quantos políticos estão citados. Cada pedido de inquérito é baseado em fatos que podem envolver várias pessoas. Mas Janot solicitou fim do sigilo do caso.

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