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Réu em três ações penais no STF, André Moura é o novo líder do governo na Câmara

O deputado André Moura (PSC-SE) confirmou nesta quarta (18) que aceitou o convite do presidente interino Michel Temer para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados. Moura disse que o convite foi feito por Temer em reunião na noite dessa terça (17). O líder disse que sua missão na liderança do governo será garantir a votação de matérias que contribuam para a recuperação do país. Moura é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Minha missão aqui é a de trazer as matérias que possam permitir que o país encontre o caminho do crescimento, da estabilidade econômica, sobretudo, sob a liderança e orientação do presidente Michel Temer e de seus ministros que estarão discutindo conosco as pautas”, disse a jornalistas após participar da reunião de lideranças da Câmara. “Já participamos agora, na condição de líder do governo, da reunião do colégio de líderes para discutir a pauta da semana”, afirmou o deputado.

Questionado se sua chegada ao posto poderá significar alguma influência do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na liderança do governo, Moura negou. “Eduardo Cunha não terá influência nenhuma na minha liderança do governo, sou líder do governo do presidente Michel Temer, de um governo que está preparado para reunificar o país e que, não tenho dúvida que irá trazer a essa Casa, acima de tudo, as propostas que vão trazer a estabilidade para a economia do nosso país”, disse Moura, que é aliado político de Cunha.

André Moura disse que, agora, fará visitas a todos as lideranças dos partidos que compõem a base aliada do governo. “Tenho certeza de que vamos ter a ajuda necessária de todos esses partidos”.

Biografia

Atualmente, André Moura é líder do PSC na Câmara dos Deputados e preside o diretório do partido em Sergipe. É também aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara.

“Moura atuou na coordenação da campanha vitoriosa de Eduardo Cunha à presidente da Câmara e foi eleito presidente das Comissões Especiais da Redução da Maioridade Penal e do Piso Nacional dos Vigilantes, relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, da PEC de Redução do Número de Ministérios´e do Projeto de Lei que Extingue o Auxílio-Reclusão e da Reforma Tributária”, diz trecho do perfil na página oficial do deputado na internet.

Antes de ser eleito deputado federal pelo PSC em 2010, André Moura foi deputado estadual (2007 a 2011), prefeito de Pirambu pelo antigo PFL (1997 a 2000 e 2001 a 2004) e secretário de Integração de Serviços Públicos Metropolitanos de Sergipe (2005 a 2006). É natural de Salvador, gestor público e não tem curso superior completo, conforme biografia dele no site da Câmara dos Deputados.

Moura é réu em três ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolvem os crimes de apropriação, desvio e utilização de bens públicos quando era prefeito de Pirambu (SE), segundo o site Transparência Brasil. Na Corte, também há dois inquéritos que apuram tentativa de homicídio e crime contra Lei de Licitações e peculato. O deputado também responde a processos na Justiça de Sergipe e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Repercussão

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou a escolha de André Moura para a liderança do governo. “É a confirmação de que Eduardo Cunha continua mandando na Casa”, afirmou. “Moura, que é réu no Supremo Tribunal Federal em três processos, é nomeado líder do governo? Isso mostra o desgaste desta Casa”, disse Ivan Valente.

Deputado se defende

André Moura rebateu as acusações contra ele. Sobre o inquérito que apura a tentativa de homicídio, disse que foi pedido o arquivamento do processo por falta de provas, mas o Ministério Público recorreu, o que, segundo o deputado, é “normal” e “de praxe”.

Moura também citou a inclusão de seu nome como investigado em um dos inquéritos da Operação LavaJato, da Polícia Federal. O líder disse que não tem envolvimento com a operação e negou ter recebido doações de empresas citadas. Segundo o deputado, a forma como ele se comportou na função de sub-relator na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras mostra que ele “não tem nada a temer”.

“Se eu tivesse algo a temer na Lava Jato, jamais teria a atitude que tive de enfrentar e exigir averiguação e pedir indiciamento de vários, como pedi na CPI da Petrobras”, disse. E completou: “Meu nome foi pedido na investigação da Lava Jato porque fui agressivo e carrasco durante a oitiva dos membros diretores da Schahin [Grupo Schahin, investigado na operação]”.

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