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Rodolpho chegou assustado e está em cela isolada, diz diretor do PB1

O acusado de atropelar e matar o agente de trânsito Diogo Nascimento, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, está isolado em uma cela na Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves Abrantes (PB1). Ele foi preso na segunda (24) e encaminhado para a unidade carcerária nessa terça-feira (25), após audiência de custódia.

Em entrevista à Rádio Correio, o diretor do PB1, Lincoln Gomes, Rodolpho passará 10 dias no isolamento, cuja cela possui dimensão de 3×4 metros. O procedimento é padrão para qualquer preso recém-chegado à unidade. Após esse período, a direção do presídio vai definir para qual cela o acusado será encaminhado.

“Rodolpho não receberá nenhum tipo de tratamento diferenciado. O PB1 é um presídio que não tem energia elétrica, televisão e ventilador nas celas. O PB1 só tem 10 minutos de água pela manhã e 10 minutos de água à tarde. A feira que poderá entrar para ele é a mesma permitida para outros presos. Então não tem como haver regalias”, garantiu o diretor da penitenciária.

Ainda conforme Lincoln Gomes, Rodolpho chegou ao PB1 aparentemente assustado e recebeu orientações sobre regras da unidade prisional. Em seguida, ele recebeu fardamento e cortou o cabelo, conforme determina o regulamento penitenciário.

A defesa de Rodolpho Carlos aguarda apreciação de um pedido de habeas corpus. A análise será feita pelo desembargador Arnóbio Teodósio. O Portal Correio tentou contato várias vezes com ele ao longo da manhã, mas as ligações não foram atendidas.

“Passados mais de 90 dias do fato, não tendo nenhum outro evento capaz de justificar o decreto de prisão preventiva, então entendemos que essa prisão é desnecessária, uma vez que não há nenhum elemento concreto. A decisão não se fundamentou em elementos concretos, tão somente, em tese, na gravidade do crime e no clamor social. Esses não são elementos para embasar uma prisão preventiva, que é uma medida extrema”, argumentou o advogado Sheyner Asfora.

O caso

Diogo Nascimento foi atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro quando trabalhava em uma operação da Lei Seca no Bessa, em João Pessoa. O acusado de atropelá-lo, Rodolpho Carlos, desobedeceu a ordem de parada e avançou um Porsche sobre o agente. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu no dia seguinte.

A Justiça pediu que Rodolpho fosse preso, mas o desembargador Joás de Brito concedeu habeas corpus na madrugada do domingo (22), antes mesmo do suspeito ser detido. O carro dele foi apreendido. Durante a semana que se sucedeu ao atropelamento, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba formularam novo pedido de prisão de Rodolpho e o caso ficou pendente até essa segunda-feira (24), quando foi tomada a decisão do juiz Marcos William.

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