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Saiba quais ouros brasileiros do Pan podem virar medalhas ol?mpicas

Record/Correio no PAN 2015 – A história é sempre a mesma: depois de uma chuva de medalhas nos Jogos Pan-Americanos, os atletas brasileiros inevitavelmente viram alvo de inúmeras críticas no ano seguinte, quando o desempenho da delegação verde-amarela cai na Olimpíada. Trata-se de algo esperado, dada a diferença de competitividade entre os eventos, mas para você não se decepcionar no Rio 2016, o R7 fez uma análise de quais campeões em Toronto têm chances de subir ao pódio no ano que vem

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A conclusão é que dezessete de 41 ouros deste Pan podem ganhar um upgrade nos Jogos Olímpicos – ressalte-se ainda que alguns bons nomes brasileiros que não estiveram ou não foram campeões no Canadá também possuem oportunidades. É o caso de Cesar Cielo (natação), de Robert Scheidt (vela), de Sarah Menezes (judô) e da seleção feminina de vôlei.

Basquete masculino

É verdade que o basquete brasileiro tem passado por uma série de altos e baixos nos últimos anos. Além disso, o nível dos Jogos Pan-Americanos não foi dos maiores. Mesmo assim, as excelentes atuações da equipe montada pelo técnico Rubén Magnano no Canadá são animadoras, especialmente quando se leva em conta que os jogadores brasileiros da NBA e da elite europeia não atuaram no Pan. Exceção feita aos Estados Unidos, vencer potências, como Sérvia, França, Espanha, Lituânia, Argentina e Rússia é uma possibilidade real. Trata-se de uma missão difícil, mas não impossível.

Isaquias Queiroz (canoagem) – Campeão do C1 1000 m e no C1 200 m

Um dos maiores talentos da nova geração de atletas olímpicos do Brasil, Isaquias só comprovou no Pan a boa fase que já havia mostrado nos dois últimos Mundiais, quando acumulou dois ouros e dois bronzes. Por mais que esses dois títulos tenham sido no C1 500 m, prova não olímpica, o baiano tem crescido no C1 1000 m e no C1 200 m, provas nas quais recebeu os bronzes citados e foi campeão no Canadá.

Arthur Zanetti – Campeão nas argolas (ginástica artística)

O paulista de 25 anos trilhou um caminho diferente da maioria dos atletas: enquanto os demais normalmente ganham primeiro o Pan para depois sonhar com voos mais altos, Arthur só levou seu título individual no torneio regional após ter chegado ao topo do esporte. Campeão olímpico em 2012 e mundial em 2013, o brasileiro tem totais condições de se consagrar em casa. O problema é que os chineses podem estragar a festa.

Handebol feminino

Se antes as conquistas do handebol feminino estavam restritas ao continente, desde a chegada do técnico dinamarquês Morten Soubak em 2009 o cenário mudou. Com um intenso trabalho, que incluiu levar as jogadoras para atuar na Europa, polo da modalidade, o Brasil cresceu muito e já elegeu duas atletas melhores do mundo, Alexandra Nascimento e Duda Amorim. No fim de 2013, o time chegou ao auge com a conquista do Campeonato Mundial, título que elas querem repetir diante da própria torcida nas Olimpíadas.

No handebol masculino, não dá para ter o mesmo otimismo: apesar de ser uma potência regional, o Brasil ainda não conseguiu se colocar entre os melhores do mundo – sua melhor participação em Mundiais data de 2013 e rendeu apenas a 13ª colocação.

Charles Chibana, Érika Miranda, Luciano  Côrrea e Tiago Camilo (judô)

O judô é um dos carros-chefes da delegação brasileira em grandes competições internacionais e as conquistas em Olimpíadas e Mundiais vem se acumulando ao longo dos últimos anos. Em maior ou menor grau, quatro dos cinco brasileiros campeões pan-americanos em 2015 possuem chances de medalhar nos Jogos Olímpicos. Só tiramos o pesado David Moura da lista porque no Canadá ele substituiu o lesionado Rafael “Baby” Silva e corre grande risco de perder a vaga no Rio-2016 para o compatriota.

Felipe França, Henrique Rodrigues e revezamentos 4 x 100 m livre e 4 x 100 m medley (natação)

Às vésperas do Mundial de Kazan, o Brasil mandou muito bem na natação pan-americana e ficou em segundo lugar no quadro de medalhas da modalidade, atrás apenas dos Estados Unidos. É preciso, porém, ir com calma na empolgação: das dez conquistas douradas obtidas no Canadá, somente quatro podem realmente encher a torcida de otimismo. É o caso dos 100 m peito de Felipe França, cujos 59s21 seriam suficientes para serem bronze em Londres 2012, e dos 200 m medley de Henrique Rodrigues, terceiro melhor tempo do mundo na temporada.

Nos dois revezamentos rápidos masculinos, o Brasil também vem em uma crescente e, com o reforço de Cesar Cielo na delegação, podem aparecer como zebra no Rio 2016.

Yane Marques (pentatlo moderno)

Praticante um esporte pouco conhecido no Brasil, a pernambucana Yane Marques já escreveu seu nome na história olímpica ao ser a terceira colocada nos Jogos Olímpicos de Londres. Prata e bronze nos Mundiais de 2013 e 2015, ela deve ter na China, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e Lituânia suas maiores rivais no Rio de Janeiro.

Felipe Wu e Cassio Rippel (pistola de ar 10 m e 50 m rifle do tiro esportivo)

O tiro esportivo foi um dos destaques brasileiros nos Jogos Pan-Americanos, com três ouros. E, para quem acha que a disputa regional não vale nada, ressaltamos que apenas a conquista de Julio Almeida ainda não é forte o bastante no cenário mundial. Felipe Wu, por exemplo, fez uma marca no Canadá que é a sétima melhor ha história, suficiente para lhe dar o título se tivesse ocorrido no Mundial de 2014. Cassio Rippel, por sua vez, vem se mantendo no top 10 das disputas internacionais e pode pintar como uma conquista inesperada no Rio-2016.

Ricardo Winick (classe RS:X masculina da vela)

Tradicional fonte de medalhas para o Brasil, a vela esteve abaixo do esperado neste Pan, com apenas dois ouros. As exceções ficaram com o RS:X, a prancha à vela, onde o Brasil triunfou tanto no masculino como no feminino. Tetracampeão pan-americano e ouro no Mundial de 2007, o carioca Ricardo Winicki tem tudo para beliscar um pódio olímpico em águas nas quais já está acostumado. Já Patrícia Freitas ganhou seu segundo ouro consecutivo em Pans, mas ainda carece de outros bons resultados em termos mundiais para ser cotada ao pódio do Rio 2016.

Os Jogos de Toronto foram transmitidos pela Rede Record (TV Correio HD na Paraíba), com exclusividade na TV aberta.  

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