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Sal?o de Artesanato vende 42 mil pe?as e arrecada quase R$ 1 milh?o, em JP

As vendas na 23ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba superaram as expectativas. Faltando quatro dias para o fim do evento, mais de 42 mil peças foram vendidas, o que significa arrecadação de quase R$ 1 milhão. O Salão de Artesanato da Paraíba segue até domingo (31), no Espaço Cultural, em João Pessoa, das 14h às 21h.

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O Salão deste ano está para todos os gostos: comércio, beleza, cultura e diversão. Porém, o artesanato e os artesãos estão em primeiro lugar. Alguns trabalham há décadas, outros são iniciantes. Uns expõem pela primeira vez, outros são veteranos no Salão. Esta edição conta com 60 novos artesãos. Mesmo alguns sendo profissionais há algum tempo, esses novatos nunca expuseram peças no Salão de Artesanato da Paraíba.

A tipologia homenageada deste ano está exposta em objetos diversificados – de roupas a bonecas, de bolsas a redes. O artesanato é caracterizado pelo trabalho manual, utilizando-se de matéria-prima natural, ou produção de um artesão. Mas com a mecanização da indústria, o artesão passou a ser identificado como aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular.

Mas há o chamado industrianato, um misto de produto industrial com o artesanato. É o caso de algumas peças de roupas e calçados expostos no Salão utilizando-se de algodão colorido. “Começamos a trabalhar com algodão colorido há 12 anos. Resolvemos entrar de cabeça e hoje quase 100% da nossa produção é de algodão colorido natural. Fazemos aplicação de peças de artesanato nas confecções, como crochê. É o que chamamos de industrianato, uma indústria que se utiliza de material de artesanato e assim, podemos utilizar valor agregado, unir várias empresas e até exportar nossa produção”, explicou Napoleão Nunes, um dos expositores da área de algodão colorido, que trabalha com confecção de roupas.

Inspiração quixotesca

Um dos maiores ícones da literatura espanhola e mundial, Dom Quixote, é uma das principais inspirações de João de Deus, conhecido artesão paraibano que trabalha com metal. João é artesão há 23 anos e, por ter sido mecânico, aproveitava as peças de metal da sua oficina para transformar em materiais de artesanato. “Exponho no Salão desde a primeira edição e foi aqui que o nosso artesanato deu uma alavancada. O Salão é uma vitrine para os artesãos. Aqui, divulgamos nosso trabalho, ganhamos com vendas e fazemos diversos contatos. Esta edição está ótima. Está bem localizada e as vendas estão muito boas”, explicou João de Deus. Sobre seu trabalho, ele comenta: “Tenho peças retratando São Jorge, Dom Quixote, Sancho Pança, trabalhos que retratam nosso Nordeste, além de peças utilitárias. Sempre estou lendo um livro e os personagens surgem daí, é bom para abrir a mente”, comentou o artesão.

Ações e números

Até o dia 25 de janeiro, as vendas totais da 23ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba eram de R$ 907.752,75. As peças vendidas somavam 42.688. A média diária de vendas estava em R$ 82 mil, com público de mais de 8 mil visitantes diariamente. Entre as tipologias mais vendidas estavam: fios, habilidade manual, algodão colorido, madeira e gastronomia. Seguidas de couro, cerâmica e pedras. “Avalio isto como uma coisa incrível. Num período tido como crise, nosso artesanato vem provar que não há crise dentro do Salão de Artesanato. Isso é fruto de produtos muito bem elaborados, de trabalho de equipes e organização muito competentes, incluindo divulgação e infraestrutura”, explicou Lu Maia, gestora do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP). 

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