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Sobreviv?ncia

Como foi dito ontem, a presidente Dilma Rousseff volta a respirar sem ajuda de aparelhos. A julgar pelo tamanho das manifestações das ruas em todo o País, o último boletim da petista indica ainda um quadro grave, mas estável. Aquele em que o paciente, na UTI, começa a apresentar sinais de recuperação.

Com o governo atolado em denúncias, problemas acumulados de corrupção, pedaladas ?scais, ameaças de reprovação das contas de campanha e completa desarmonia com o Congresso, o termômetro das ruas vem sendo usado pelos políticos – adversários e aliados – como último parâmetro para medir o tempo de vida de útil de Dilma.

Se a movimentação de ontem tivesse sido superior à registrada em março deste ano, a situação da cambaleante presidente tenderia a se complicar ainda mais. Pra sorte dela, os brasileiros voltaram às praças em 21 estados, porém em número flagrantemente menor do que protesto anterior.

Dilma já vinha de uma semana menos ruim, na comparação com os últimos meses de intensas dificuldades. Ela conseguiu voltar a dialogar com setores importantes da política nacional. A conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, de quem recebeu um pacote de sugestões, foi vista como significativo avanço.

Também, na semana, o ex-presidente Lula manteve entendimentos com a cúpula nacional do PMDB, o partido detentor, na prática, do poder de piorar ou amenizar a agonia da presidente, vide o comando das duas casas mais importantes, a Câmara e o Senado, e a forte influência no Tribunal de Contas da União.

Nada na política brasileira é coincidência. Os acenos do PMDB são conseqüência da divisão interna do PSDB. O maior partido da oposição não se entende. Parte quer novas eleições para tentar eleger Aécio, parte gostaria de ver Temer presidente e outra prefere Dilma fraca para tentar vencer em 2018. Assim, o PMDB a se sente excluído. Por isso, começa a jogar a corda para tirar o governo do fundo do poço.

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