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Novidade ? a den?ncia

Major Fábio, candidato a governador da Paraíba, foi citado como um dos participantes de reunião realizada em Recife e que virou manchete nacional graças a denúncia feita pelo deputado federal José Augusto Maia, de que nela recebeu oferta de vantagem financeira para levar o PROS a apoiar o candidato a governador Paulo Câmara, do PSB de Eduardo Campos.

Na denúncia publicada na Folha de São Paulo, fala-se em R$ 6 milhões. A proposta teria sido transmitida pelo presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, e pelo líder do PP, deputado Eduardo da Fonte. Aceitando, José Augusto desistiria da própria candidatura para apoiar o candidato do PSB, que garantiria mais 34,32 segundos por bloco de propaganda partidária.

Nessa história a única novidade é um parlamentar assumindo a denúncia e revelando valores. Na Paraíba, com garantia de sigilo, sempre há quem comente sobre esse tipo de negociação, comuns em todas as eleições. Nos bastidores, negocia-se não apenas alianças, tempo de partido e posição nas chapas, mas principalmente apoio de lideranças que conseguem transferir votos (os resultados das eleições anteriores mostram o poder que têm e determinam seu valor).

Esses “acordos’ sobrevivem porque até agora quem comprou e quem vendeu teve todo interesse de preservar o “negócio” do julgamento dos eleitores. O caso do PROS de Recife foi um troco (lembra o de Roberto Jefferson, no Mensalão), motivado pela puxada de tapete do comando nacional, que tirou o partido das mãos do denunciante.

O deputado paraibano Major Fábio deu declarações confirmando que foi ao encontro de Eurípedes Júnior em Recife, mas negou ter ouvido a proposta denunciada, repetindo o posicionamento dos outros participantes. Contou que a reunião aconteceu em ambiente aberto de um hotel, acessível a qualquer pessoa. Depois, ponderou que pelos princípios e valores que defende, dificilmente seria abordado para negociatas. Disse que não enfrentou nenhuma dificuldade para garantir sua candidatura no PROS.

O caso vai render porque o Ministério Público Eleitoral anunciou que vai apurar a “oferta de propina”. E assim, outra prática de bastidores ganhará visibilidade – a que faz da política um negócio rentável.

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