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Sobe e desce na era Temer

A mudança de Dilma Rousseff para Michel Temer tem efeito dominó no País. Na Paraíba,o governador Ricardo Coutinho (PSB), que atuou como um dos principais interlocutores da petista no Nordeste, não só perde o “livre-trânsito” que conquistou, como assistirá adversários ocupando espaços de poder que poderão fazer a diferença neste ano, quando serão eleitos 223 prefeitos e 2.185 vereadores no Estado.

O impeachment projetou enormemente o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), deu nova dimensão a Raimundo Lira (PMDB), destacou a experiência e os relacionamentos de José Maranhão (PMDB) e colocou sob holofotes os deputados Aguinaldo Ribeiro (líder do PP), Wilson Filho (atuou como líder do PTB) e os presidentes de tumultuadas CPIs, Hugo Motta (PMDB) e Efraim Filho (DEM). Não dá para esquecer o jeitoso Rômulo Gouveia, que ajudou a tirar o PSD do governo.

São eles que ganham com Michel Temer no poder. Embora filiado ao PMDB, o presidente interino assumiu como representante de uma coalizão que está representada no novo Ministério por 11 partidos, alguns com muito peso, como é o caso do PSDB, que ocupa três pastas das mais relevantes: Cidades, Relações Exteriores e Justiça e Cidadania.

O PP de Aguinaldo Ribeiro ficou com as poderosas Saúde e Agricultura. O PSD de Rômulo Gouveia terá Gilberto Kassab no superministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações.

O DEM de Efraim Filho assumiu a rica Educação e Cultura; o PPS de Nonato Bandeira comanda a estratégica Defesa, com Raul Jungmann; o PTB de Wilson Filho ficou com Trabalho e Previdência Social; ao PRB de Jutahy Meneses coube o Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Se Temer conseguir só a primeira de suas metas – estancar a queda livre da economia brasileira, que rouba a qualidade de vida do povo – esses líderes terão discursos fortes nas eleições municipais. E quem eleger mais prefeitos, estará melhor posicionado para 2018, quando escolheremos um novo governador, dois senadores, 12 deputados federais, 36 estaduais, além do Presidente da República.

A mudança em Brasília permitiu um equilíbrio de poder na Paraíba. Enquanto RC tem o governo estadual, a oposição agora tem sua fatia no federal.

TORPEDO

Estamos na fase da democracia da eficiência. Todos os nossos esforços estarão concentrados na melhoria das funções públicas. E a moral pública será permanentemente buscada por meio de instrumentos de controle e apuração de desvios.

Do presidente Michel Temer, para quem a Lava Jato tornou-se referência e deve ter “proteção de qualquer tentativa de enfraquece-la”.

Enxugamento

Michel Temer garantiu, no 1° discurso, que o enxugamento da máquina pública não ficará no corte de ministérios, mas que avançará sobre os cargos comissionados, funções e gratificações, na casa dos milhares.

Eficiência

Temer anunciou a “democracia da eficiência” e preservação de todos os programas sociais. “Aliás, mais do que nunca, precisamos acabar com um hábito no Brasil em que, assumindo outrem o governo, destrói o que foi feito”.

Unidos

De José Maranhão: “É natural que aqueles que trabalharam para que houvesse essa mudança participem do governo, não como recompensa, mas pela sintonia com o novo governo e para contribuir com o país”.

No governo

A bancada do PSB na Câmara Federal, que votou pelo impeachment, divulgou nota dando apoio incondicional ao líder, Fernando Coelho Filho que tomou posse na pasta de Minas e Energia. Foi resposta a dissidentes.

ZIGUE-ZAGUE

Sobrou para Sérgio Moro: sem foro especial, casos dos ex-ministros Edinho Silva, Aluizio Mercadante, Jaques Wagner e Ricardo Berzoine vão para Curitiba.

O vice-presidente do TJPB, Ricardo Porto, prestigiou a posse de Thiago de Oliveira Andrade como desembargador do Tribunal do Trabalho da Paraíba.

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