Se tem uma palavra para definir o ano de 2016, cujo uso se tem abusado nos últimos dias, é interminável. Curiosa observação de muitos críticos é de que poucas coisas, politicamente falando, teriam começado e sido concluídas nesse ciclo de 12 meses.
Há quem diga ainda que estejamos no ano, caso isso fosse possível, de 2013.3. Eles tomam por base a origem das manifestações populares contra os indícios de corrupção, sobremodo irradiados do governo federal. Eram os protestos “Fora Dilma, e etc”.
As mensagens não foram bem avaliadas, ou pior, foram ignoradas. Foi o início da derrocada da governabilidade, com o fatídico impeachment, em setembro.
Outros caíram, levados pelas revelações do maior trabalho investigativo que se tem notícia no País: a Operação Lava Jato. Não seria pra menos, diante da vultuosa soma envolvida de recursos públicos desviados, de personagens e os níveis de Poder que se serviram do esquema que durava décadas.
A República passa por uma devassa – agrade ou não – necessária… Bem, acredito que seja. Não tem como se construir algo correto, se não houver uma base bem fundada. Com a palavra os engenheiros.
Em termos de democracia, cuja brasileira já engatinhava e agora volta ao ovo, há muito a se discutir e reconstruir. São anos de toma-lá dá-cá que não se vence da noite para o dia.
Serão dias mais longos e estafantes para quem deseja mudanças. Aos acomodados, sobrarão os arranhões ou traumas por não colocar da maneira e momento corretos.
Os omissos, não diferente de outras épocas, podem ser tragados pelo furacão da crise. Ou até mesmo passarem ilesos. Mas nunca serão recompensados com o sentimento de dever cumprido. Restará a frieza típica da omissão, da covardia, do egoísmo.
Bem, realmente, 2016 não vai acabar às 23h59 do dia 31. A sensação de continuidade vai perdurar por tempos ainda. A zero hora de 1º de janeiro chegará com a esperança de melhorar, que só será confirmada se houver quem pegue o destino com as mãos e pense – faça e cobre – no coletivo.
Sem essa atitude, 2016 vai continuar … Talvez fatos ainda mais pretéritos se repitam. Quem, como eu, já apresenta alguns fios de cabelo branco não vai – tenho fé que não – querer reviver. Tragamos o 2017 perto e preparemos um 2018 para todos.
TORPEDO
“Minha intenção é governar com os 19 vereadores da cidade de Santa Rita, que confiou em nós e espera resultados . Quem quiser se voltar contra a gestão, vai ter que se entender com o povo.”, Do prefeito diplomado de Santa Rita, Emerson Panta, sobre o relacionamento com a Câmara.
Controle externo
A defensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes, elogiou a nova atuação de controle externo do Tribunal de Contas do, concebida pelo conselheiro e presidente em exercício, André Carlo Torres.
Atuação em 2017
O deputado estadual Frei Anastácio pretende fortalecer ainda mais as ações parlamentes nas bases sociais do campo e da cidade, em 2017. “Se tivemos um 2016 difícil, 2017 poderá não ser diferente”, afirmou.
Damásio inovará
O verador diplomado Damásio Neto (PP) quer fazer um mandato diferente e participativo. A ideia é levar para a Câmara alguns temas hoje meio esquecidos. E já se articula com alguns segmentos da sociedade. Promete.
Transplantes na Capital
Está decidido: O Hospital Nossa Senhora das Neves vai realizar transplantes de rins e fígado, em João Pessoa, a partir do primeiro semestre de 2017. A informação é do empresário e fundador do hospital, Edalmo Assis.
ZIGUE-ZAGUE
O governador Ricardo Coutinho prometeu ao deputado Nabor Wanderley a ampliação do bloco cirúrgico e o aumento de leitos na UTI do Hospital de Patos.
O deputado federal Luís Couto (PT) disse que uma das maiores perdas para o País em 2016 foi a morte de Dom Paulo Evaristo Arns, “grande defensor dos torturados”.
Damásio Dias e Equipe Correio – interino