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Vivo ou morto maquiado?

A situação econômica é grave. O mundo está em crise. O Brasil também – e a Paraíba por tabela.

O quadro é tão crítico que – acredito – até os mais desatentos já captaram que os sinais vitais financeiros inspiram cuidados intensivos.

Não vou tentar dourar a pílula: do ângulo em que enxergo este momento, vejo um desmoronamento econômico. A estrutura começa a ruir a partir do Planalto Central, repercutindo em efeito cascata nos estados e municípios.

Quando maior a dependência, mais agudo o embaraço. Os paraibanos que o digam!

E não adianta se conformar com a ideia de que estamos todos debaixo do mesmo guarda-chuva – como se o fato das agruras desabarem sobre a pluralidade pudesse aliviar o sofrimento particular. O consolo dos tolos é, de fato, o mal de todos.

Mas, ao contrário do que pregam os tolos, seria uma benção se a crise estivesse circunscrita. Ela, porém, é extensiva a todos. Nenhum setor está imune – fora honrosas (e raras) exceções.

O humor da indústria e do comércio, por exemplo, anda de mal a pior. A agricultura, então, mergulhou na aridez plena pós cinco anos de seca no Nordeste.

A sensação é de que se correr o bicho pega, se ficar o bicho devora tudo.

Resta, de fato, pouco a fazer. Mas, dentro deste pouco, ainda temos sim decisões importantes a tomar.

Uma delas é segurar, com unhas, dentes e determinação, as rédeas da situação. Agir! E livrar sua vida, sua casa e sua empresa da bancarrota a custo de qualquer sacrifício.

Corte na carne os custos supérfluos – pessoais, familiares e de suas empresas (inclusive naquelas onde eventualmente trabalhar)

Assuma a dificuldade. Muitas vezes, por vaidade ou qualquer outro sentimento inconfessável, evitamos emitir esses sinais. Até adotamos medidas tresloucadas na tentativa de ocultar os tempos espinhosos, vendendo ao público externo uma bonança fantasiosa.

É um erro crasso.

Sou apologista de que, seja qual for a circunstância, é preciso mostrar a cara – de forma real e absoluta.

A vida – com seus altos e baixos – me ensinou que é melhor mostrar a verdadeira face.

Até porque não há máscara que não desmorone. Não há farsa que se sustente.

E, mais adiante, todos perceberão que – na tentativa de parecer vivo – nos transformamos em mortos maquiados.

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