O que o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, tem a ver com a autorização do ministro do STF, Luiz Edson Fachin, em autorizar abertura de inquéritos para investigar políticos? Pensando por alto, nada. Mas, se trouxermos essa análise até a Paraíba, vamos perceber que o nome do senador Cássio Cunha Lima na tal lista – lembrando que pode haver investigação ou não, valendo a máxima de que ninguém é culpado até que se prove o contrário -, fortalece o nome do prefeito, que já tem dado demonstrações explícitas que irá disputar o Governo do Estado.
O PSDB já havia iniciado certo jogo político de fortalecimento da legenda apresentando nomes como o do próprio Cássio, dos prefeitos de Campina Grande, Romero Rodrigues, e de Guarabira, Zenóbio Toscano. E, dentro desse grupo, sem dúvidas, o nome do senador é o mais forte já testado nas urnas. Apesar de Romero ensaiar um ‘grito de liberdade’. Ainda é cedo para qualquer análise concreta sobre os efeitos da lista de Fachin, mas que apertou o calo de muita gente, apertou sim. Ter nomes citados já enfraquece o ninho tucano na disputa.
Pode até conseguir reverter, mas só tempo (que já está correndo) dirá. A oposição, por outro lado, está ‘plena’, como dizem as blogueiras, observando e anotando. O PSDB desistindo de enfrentar o desgaste, seria um pilar importante para Cartaxo, que por sua vez ganharia fôlego maior para unir as oposições em 2018. É claro que tudo dependerá do andamento dos processos da Lava Jato e da reação dos paraibanos em torno do nome do atual prefeito da Capital. Se fizer o dever de casa direitinho e souber costurar as alianças, quem sabe… Com relação ao apoio do PMDB, o prefeito precisa aprender a lidar com o imprevisível.
Mesmo deixando de bandeja a Prefeitura de João Pessoa para a legenda representada por Manoel Júnior, não tem garantia de apoio total. A legenda, que está nitidamente rachada, José Maranhão no topo da pirâmide e ele costuma dar a última palavra. O senador, que não é menino pequeno, parece bem tranquilo, só observando e se posicionando aqui e acolá. Mas, tudo isso é conjectura porque como diria “lá em nóis”: nada com um dia atrás do outro e uma Lava Jato… ops, uma noite no meio.
Clã Gadelha 1
Em uma coisa eu concordo com o suplente de senador, Marcondes Gadelha. É preciso, e urgente, abrir espaço para as novas gerações. Ou seja, ele admite dar uma parada nas disputas por mandatos, desde que…
Clã Gadelha 2
… o filho, Leonardo Gadelha, seja o nome. O clã Gadelha anda em disputa interna nessa coisa de nova geração. André Gadelha quer seu lugar.
Entre ‘bafões’…
Fora o ministro Helder Barbalho ter perdido os sapatos durante o “vulco vulco” da visita técnica às obras da Transposição na bacia do Açude de Boqueirão, o ‘bafão’ da tarde foi o suposto boicote à corrida das águas.
… e a transposição
Para quem não leu, falei sobre esse “pão e circo” na coluna de quinta-feira. Fato ou boato, sinceramente, é atirar no próprio pé.
Vídeos da destruição
Quanto mais vídeos das delações premiadas dos figurões da Odebrecht eu assisto, mais aumenta minha convicção em novas eleições e já. Agora, não só para presidente, mas para deputado federal e senador. Sem direito a chance de reeleição. Ou se faz uma faxina geral, e aí alguns bons serão sacrificados, ou não vai funcionar.
Resposta 1
“Nunca tive medo dos fatos, nunca tive”. Trecho do pronunciamento de Michel Temer, via rede social oficial, após a notícia de que teria ‘negaociado’ propina. Porque será que estão todos tão apressados em se explicar?
Resposta 2
O peemedebista não disse muito. Mas, se apressou em dizer que confia no trabalho do Poder Judiciário. E quem é doido de dizer o contrário.
Passeio 1
“Decisão de 3 x 0 do TRF, que reformou a sentença que impedia a construção do passeio público do Jardim Oceania [na orla da Capital] foi confirmada pelo STJ, também por unanimidade, e transitou em julgado”.
Passeio 2
A informação é do promotor Valério Bronzeado que apoia a AMAOCEANIA, que luta pela construção do passeio público na área.