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5 coisas a ter em conta para investir em criptomoedas

Investir em criptomoedas não é novidade, nem mesmo no Brasil. Segundo a revista Exame, os brasileiros investiram mais de nove milhões de reais em produtos cotados em bolsa com exposição a criptomoedas. Globalmente, contabilizaram-se mais de 930 milhões de dólares em entradas líquidas, provando que o investimento em cripto é um verdadeiro fenômeno mundial.

Qualquer pessoa pode começar a investir em criptomoedas, já que não é necessário ter um capital muito elevado para iniciar a atividade. Contudo, as criptomoedas são um ativo financeiro único, rodeado de mitos, e com algumas particularidades importantes. Abaixo, você pode consultar as cinco principais coisas a ter em conta antes de investir em criptomoedas.

1: As criptomoedas não são uma moeda tradicional

Investir em moedas é uma tradição financeira com vários séculos, mas as criptomoedas—inventadas no século XXI—não funcionam da mesma forma que o real, o dólar ou o euro. Ainda que as criptomoedas sejam cada vez mais utilizadas no pagamento de serviços digitais, elas continuam sendo mais um ativo financeiro (no sentido em que as pessoas as compram para maximizar seu rendimento) do que uma moeda fiduciária para compras do dia a dia.

Isso acontece porque as criptomoedas são caraterizadas por um alto nível de volatilidade, querendo isso dizer que seu preço varia muito frequentemente e, por vezes, de modo drástico. A volatilidade faz com que as criptomoedas, pelo menos por enquanto, sejam menos úteis enquanto moeda do que enquanto investimento financeiro. O principal objetivo dos investidores? Comprar criptomoedas a preços baixos e vendê-las após a valorização!

Como as criptomoedas não são uma moeda tradicional, você deve estar sempre atento às oscilações de preço para fazer previsões mais acertadas acerca do mercado. Felizmente, existem várias páginas onde qualquer pessoa pode consultar o preço do Bitcoin e de outras criptomoedas, por isso preste muita atenção.

2: As criptomoedas dependem de tecnologia Blockchain

Sem tecnologia Blockchain, as criptomoedas não existiriam. É graças a este revolucionário sistema que as criptomoedas são consideradas uma moeda descentralizada; ao contrário do real ou do dólar, elas não são emitidas por um banco central ou reserva federal, mas sim criadas e protegidas por todas as pessoas que possuem pelo menos parte de uma criptomoeda.

Como funciona a tecnologia Blockchain? As transações são registadas em blocos que estão organizados cronologicamente de modo a formar uma corrente, ou chain. Cada pessoa com ativos cripto recebe uma cópia de todos os blocos, o que significa que é praticamente impossível fazer alterações à corrente de transações. Assim, ninguém controla ou está na base do fluxo mundial de criptomoedas.

3: Existem muitas criptomoedas, com diferentes níveis de liquidez

Investir em criptomoedas acarreta sempre uma série de riscos, mas estes riscos agravam-se de criptomoeda para criptomoeda. Todo o mundo conhece moedas como a Bitcoin, mas existem centenas ou mesmo milhares de alternativas, desde as mais populares Ethereum e Litecoin até à Dogecoin, inspirada por uma cadela japonesa viral que, infelizmente, morreu aos 18 anos.

É impossível saber se uma nova criptomoeda vai ou não se tornar popular, mas existe uma regra básica que todos os investidores devem seguir: investir apenas em criptomoedas com um nível suficiente de liquidez. Para apresentar um alto nível de liquidez, uma criptomoeda deve ser suficientemente popular para que um investidor comum não possa influenciar significativamente seu preço com compras ou vendas. Esse é o motivo pelo qual é sempre mais seguro investir em criptomoedas consolidadas (como a Bitcoin) do que em ativos que acabaram de dar entrada nos mercados financeiros.

4: As criptomoedas também pagam imposto de renda

No Brasil, é fundamental lembrar que as criptomoedas também pagam imposto de renda. Apesar de serem um dos métodos de pagamento e investimento mais privados, as cripto também devem ser declaradas no seu IR anual; essa indicação só passou a ser obrigatória em 2024 (anteriormente, era opcional para investidores brasileiros).

Para incluir as suas criptomoedas no imposto de renda, você precisa acessar a ficha “Bens e Direitos” e optar pela categoria 08, listada como “Criptoativos.” Em seguida, informe o estado brasileiro relativamente às transações efetuadas (preenchendo uma lista com as principais criptomoedas), incluindo os valores de compra e venda.

Quanto à tributação definida pela lei, processa-se da seguinte forma:

– Ganhos abaixo de cinco milhões de reais: 15%

– Ganhos entre cinco e 10 milhões de reais: 17,5%

– Ganhos entre 10 e 30 milhões de reais: 20%

– Ganhos acima de 30 milhões de reais: 22,5%

Ao não declarar seus rendimentos em criptomoedas ao estado, você encontra-se em incumprimento da lei vigente.

5: As criptomoedas são alvo de ataques e fraudes

Sempre que uma nova tecnologia ou forma de investimento surge, existem muitos criminosos que aproveitam para efetuar fraudes e ataques informáticos. Infelizmente, existem muitos scams com cripto dentro e fora do Brasil, pelo que é fundamental compreender como as criptomoedas funcionam e se proteger ao máximo das ameaças.

Para tal, procure armazenar suas criptomoedas em dispositivos seguros, preferencialmente protegidos por autenticação de dois fatores. Evite realizar transações em redes de Wi-Fi públicas, atualize o software, e diversifique, utilizando mais do que uma carteira digital.

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