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Cerca de 60% dos pequenos negócios paraibanos estão fechados

A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus tem resultado, na Paraíba, no fechamento temporário de pequenos negócios e, também, na mudança de rotina e de estratégias para enfrentar o atual cenário econômico e social.

É o que aponta nova pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional, que entrevistou 54 empreendedores do estado entre os dias três e sete de abril, com o objetivo de acompanhar a situação dos pequenos negócios e auxiliá-los, através de uma série de iniciativas, a superarem esse momento de dificuldades e desafios.

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Conforme os dados da pesquisa, a segunda deste tipo realizada desde o início da crise, mais da metade dos entrevistados paraibanos (59%) decidiu interromper temporariamente o funcionamento do negócio. Outros 31,3% afirmaram que continuam funcionando, mas precisaram realizar mudanças para isso, seguidos por 3,6% que disseram não ter mudado a sua forma de funcionamento. Já 6% dos entrevistados informaram que decidiram fechar de vez a empresa.

Questionados sobre o motivo para a interrupção do funcionamento, 77% dos entrevistados apontaram a determinação do governo como causa, enquanto 22,9% disseram se tratar de uma decisão da própria empresa. Ainda conforme os dados da pesquisa, os pequenos negócios entrevistados interromperam o seu funcionamento, em média, há 19 dias.

Já no universo das empresas entrevistadas que continuam em funcionamento, os números revelam que a maioria delas (52%) está trabalhando apenas com entregas ou de forma online. Já 36% disseram que estão funcionando com horário reduzido, 20% com rodízio de funcionários, 8% por meio do sistema drive thru e outros 8% através do home office.

Outras medidas implantadas foram: a concessão de férias coletivas, adotada por 35,1% dos entrevistados; a redução da jornada de trabalho com redução dos salários, implantada por 32,4% dos participantes; e a suspensão de contrato de trabalho, feita por 18,9% dos empresários.  

Na avaliação da gerente de Estratégia do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, os dados expõem a condição limitante em que se encontram as empresas, no que diz respeito ao aspecto da adaptação de sua operação às restrições do isolamento social. “Os números descrevem um comportamento mais conservador, que assume um risco menor para a operação. Embora o total de empresas que assumiram as práticas mais inovadoras seja bem expressivo, prevaleceu um comportamento mais cauteloso por parte dos empresários, dado o cenário de incertezas na economia”, comentou.

Quando o assunto abordado pela pesquisa foi a necessidade de realizar demissões nos últimos 15 dias, 20% dos empreendedores afirmaram que demitiram, 38,4% declararam que não, enquanto 41,5% informaram que não possuem funcionários em seus negócios. Ainda conforme os dados, a média entre os que demitiram foi de dois funcionários.

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