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A bancada, o discurso e 2018

Se administrativamente os desafios ficam maiores pela crise que impacta as receitas pública, politicamente Ricardo Coutinho começa bem 2017. Dos 36 deputados da Assembleia, já tem apoio de 24, ou seja, 2/3. Tem maioria para aprovar inclusive reforma na Constituição Estadual.

Conseguiu esse número mágico,ontem, com as posses de Antonio Mineral (PSDB) e Jullys Roberto (PMDB), que ganharam as vagas dos oposicionistas José Aldemir e Dinaldinho Wanderley, que renunciaram para assumir as prefeituras de Cajazeiras e Patos. Embora seus partidos estejam na oposição, eles garantiram apoio ao governador.

Nas urnas de 2014, o conjunto de partidos que apoiou Ricardo Coutinho conseguiu apenas 12 deputados estaduais, mas no 2° turno já ganhou o apoio de dois do PMDB, que elegeu quatro. Os partidos que apoiavam Cássio Cunha Lima conquistaram 20 vagas.

O processo de eleição da Mesa Diretora da Assembleia marcou o início da virada. Pregando o fim da reeleição e lançando duas chapas ao mesmo tempo, seus aliados atraíram deputados da oposição, que depois da vitória, ficaram na base.

Pelo que disse Nonato Bandeira, Chefe de Gabinete de Ricardo e natural articulador político, o socialista vai aproveitar 2017, ano sem eleição, para investir na gestão, sem perder de vista a política, é claro.

Nonato acha que os dois blocos que vão se enfrentar em 2018 já estão definidos, mas não descarta que algumas forças migrem. Seu tom conciliador – não criticou nenhum político, nem mesmo Luciano Cartaxo de quem foi vice-prefeito e com quem rompeu bem antes da eleição, e falou muito em diálogo e cooperação em favor da sociedade – indica que o discurso belicoso ficou em 2016. O de 2017 é para atrair.

Ele compartilha do entendimento de que nenhuma força pode vencer sozinha na Paraíba e que as alianças têm muito peso. Em outras palavras, quem soma mais, tem chances ampliadas.

Garantiu que Ricardo ainda não decidiu se deixa o governo para disputar vaga no Senado, nem qual o nome preferido para sucedê-lo. Sua opinião é que o grupo tem vários com potencial e que o tempo mostrará quem une carisma e empatia com os eleitores para merecer a vaga. Para ele, não basta apoio para vencer. O candidato conta, e muito.

É uma visão nova, após as tentativas nas eleições da Capital. Antecipa que o duelo em 2018 será novamente emocionante.

TORPEDO

Quem procura, acha. Entre a coerência da posição e a Procuradoria, prevaleceu a força da PMJP que procurou uma posição adjunta para o irmão do vereador. Compreendo e respeito, afinal, ninguém manda nas coisas do coração!

Do líder da oposição, Bruno Farias (PPS), sobre a nomeação do irmão e a adesão do vereador Lucas de Brito (PSL) ao prefeito Luciano Cartaxo.

Mais um…

O prefeito Luciano Cartaxo provocou o maior rebuliço na oposição, ao anunciar a nomeação de Rodrigo de Brito Pereira para Adjunto da Procuradoria-Geral da PMJP, o irmão do vereador Lucas de Brito (PSL).

… com Cartaxo

Lucas foi adversário de Cartaxo e eleito, domingo, 1° vice-presidente da Câmara pelo bloco oposicionista. Ele disse que passou a “independente”, mas Cartaxo comemorou a “alegria e o prazer” de contar com ele na base.

Regras, votos…

Graças a coligação (PSL, PCdoB. PHS, PPL e PV) João Bosco Carneiro foi eleito deputado com 13.307 votos. Antonio Mineral com 25.550 votos, e Jullys Roberto com 22.468 votos ficaram apenas na suplência.

… e mandatos

A coligação de Mineral e Julys (PSDB, PEN, PP, PR e PTB) tinha nomes tão fortes, que o último eleito, Caio Roberto, obteve 29.576 votos. Agora, eles, mais bem votados que seis dos que tomaram posse em 2015, são titulares.

ZIGUE-ZAGUE

+ O interesse de Temer na reeleição de Rodrigo Maia para a presidência da Câmara pode garantir ao paraibano Aguinaldo Ribeiro, líder do PP, retorno ao Ministério.

+ Como maior partido do Centrão, o PP é decisivo para uma conciliação com Rogério Rosso (PSD) e Jovair Arantes (PTB), que também querem a presidência.

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