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A Coca-Cola é nossa?

Qualquer brasileiro – mesmo aqueles mais privilegiados – sente o peso da origem quando sai do país. E se o destino é a meca do mundo, a maior potência mundial, o sentimento é ainda mais intenso.

Não tem como ignorar as distâncias que separam o mundo latino em desenvolvimento daquele que se descortina, por exemplo, no cenário pulsante e vigoroso de Manhattan.

A gente chega pisando de fininho, entende?

Desta vez, porém, tive boas e fortes razões para me orgulhar do Brasil em pleno coração da Big Apple.

Minha alma latina passeou pelas ruas de Nova Iorque massageada ao constatar o que grupos empresariais brasileiros estão aprontando (no bom sentido) mundo afora.

Vou me ater, neste instante, a um dos grupos mais icônicos desse processo de ramificação internacional do Brasil.

Estou me reportando ao 3G Capital, comandado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.

E por que me atenho a eles?

Porque eles detém hoje pelo menos três grandes ícones do ‘way of life’ norte-americano – marcas que, verdadeiramente, representam mundialmente a potencialidade dos Estados Unidos.

Cito exemplos:

Se você entrar em um bar americano e pedir uma cerveja muito provavelmente o barman servirá uma Budweiser.

Se o seu destino for uma hamburgueria, são grandes as chances de você entrar numa das milhares de unidades da Burger King.

E se a comida for preparada em casa existe quase cem por cento de chance de você usar alguns molhos e condimentos da Heinz.

As três marcas, tão presentes no estilo americano de vida, compõem o cast do conglomerado brasileiro, que começou em 2004 no Brasil com a aquisição e fusão da Brahma e Antártica, que viria a se transformar em Ambev.

Os passos seguintes seriam ainda mais gigantescos: a fusão com a Anheuser-Busch (Budweiser) gerou a AB InBev, que mais tarde adquire a SABMiller e passa a responder por mais de 30% do mercado mundial de cerveja.

E – pasmem – as dimensões do grupo 3G Capital continuam a crescer, podendo atingir muito em breve escala inimaginável.

Pois os brasileiros estão na iminência de se tornar legítimos proprietários da Coca-Cola.

Isso mesmo: a marca mais famosa e mais consumida no mundo, avaliada hoje em US$ 188 bilhões, é quase nossa.

Esta é uma aposta considerada quase líquida e certa pelo mercado internacional, especialmente porque o maior acionista da Coca-Cola Company, o investidor Warren Buffett, já é sócio do trio da 3G Capital.

Se o negócio for concretizado, entendo que estaremos diante de mais um grande feito brasileiro.

Uma ação realmente imensa.

Sou de uma época em que o homem ainda sonhava em pisar na lua. E a expectativa de quem esperava o “salto gigantesco para a humanidade” acontecer era de que, quando o afortunado astronauta pisasse no nosso satélite, encontraria lá uma placa iluminada com o seguinte letreiro: “Beba Coca-Cola”.

Ainda não existe – claro – comercial interplanetário. Mas se este out-door lunar vier a ser instalado, muito provavelmente será pelas mãos da 3G Capital.

Será pelas mãos de brasileiros!

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