Terminou, por volta das 13h30, desta quarta-feira (10), um protesto de ambulantes que interditou ruas centrais de João Pessoa. Os manifestantes reclamaram de uma suposta agressão por parte de guardas municipais a uma trabalhadora de rua e também cobraram que fosse realizado um cadastro pela prefeitura para poder identificar quem trabalha como ambulante.
De acordo com a presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores de Rua, Márcia Medeiros, donos de lojas estariam colocando funcionários para venderem alguns produtos nas ruas, o que estaria acarretando um aumento no número de pessoas nas calçadas. Segundo ela, atualmente são 300 ambulantes trabalhando em João Pessoa, mas com este cadastro, este número reduziria pela metade.
“Nesta semana houve algumas ambulantes, inclusive foram mulheres, que foram agredidas por punhais. Havia guardas da prefeitura trabalhando armado e agrediram algumas mulheres. Nosso objetivo hoje é pedir para que a prefeitura faça um cadastro para descobrir de fato quem é o ambulante. Tem donos de lojas colocando muita gente para trabalhar nas calçadas. Tem pessoas que já ganharam box e que passam de 5,6 boxes nestes shoppings e estão com pessoas na rua. As ruas da cidade de João Pessoa se tornaram um caos porque a prefeitura deixou que acontecesse. Nós queremos um cadastro para de fato quem é trabalhador ambulante seja identificado. Ele tem que estar uniformizado, para que quando o agente chegue ele reconheça quem é o trabalhador ou quem chegou naquele dia”, explicou.
Segundo ela, uma reunião que estava agendada para ocorrer nesta semana não chegou a acontecer porque o Secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), João Furtado, não os recebeu.
“Ontem (terça-feira) o secretario João Furtado se negou a nos receber com uma reunião marcada 9h. Às 14h, eu tive a porta batida na minha cara, ele não nos recebeu. Zennedy (secretário de articulação política) encontrou conosco no corredor, nos recebeu e disse que a gente ia ter que parar por 15 dias para que a prefeitura fizesse um estudo como ia ficar. E quem trabalha de dia para comer de noite, não pode parar 15 dias não”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com o secretário João Furtado, mas o seu telefone estava desligado. A Polícia Militar teve que intervir em um momento que houve tumulto, correria e pedras arremessadas.
*Com informações da repórter Sandra Macedo, da Rede Correio Sat.