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Ambulat?rio de travestis e transexuais completa um ano com 650 atendimentos

O Ambulatório de Travestis e Transexuais (TT) do Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-contagiosas Clementino Fraga completa um ano no próximo dia 24. Para lembrar a data, a direção do Hospital elaborou uma programação que vai contar com palestras, atividades culturais e a apresentação de um relatório sobre as ações realizadas pelo serviço durante esse período. A programação começa às 9h30, com término previsto para as 17 h, no auditório Dr. Jackson Derville Araruna, que fica na própria unidade. Nesse primeiro ano, foram realizados cerca de 650 atendimentos.

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A diretora geral do Clementino Fraga, Adriana Teixeira, explicou que para a implantação desse serviço houve uma ampla discussão entre o Governo do Estado, por meio das Secretarias da Saúde e da Mulher e Diversidade Humana com o movimento LGBT. “A inauguração do ambulatório representou um momento importante na saúde da Paraíba, que é a igualdade de direitos que está sendo oferecida à população LGBT”, afirmou Adriana Teixeira.

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O gerente do ambulatório, Sérgio Araújo, lembrou que o primeiro atendimento aconteceu no dia 25 de agosto do ano passado. “Foi um ano de lutas e de conquistas para população LGBT, em especial os trans e as travestis”, comentou. O serviço tem cadastradas 77 pessoas, dentre as quais 11 homens trans e o restante travestis e mulheres trans. Desse total, 56% procuraram o ambulatório para fazer tratamento hormonal (hormônioterapia), outras em busca do processo transexualizador e poucas à procura do acompanhamento psicossocial. Outras 58 foram encaminhadas pelo Espaço LGBT.

Ele afirmou que nesse primeiro ano já foram contabilizadas grandes conquistas, entre elas a primeira cirurgia via ambulatório TT. A trans feminina Ayune Bezerra fez a cirurgia de tireoplastia, conhecida popularmente como raspagem do pomo de Adão, e outras duas trans estão fazendo os exames preliminares para também se submeterem ao processo cirúrgico ainda esse ano.

Sérgio Araújo explicou que o ambulatório TT é o único na região Nordeste como também é referência nacional. Ele lembrou que recentemente a Paraíba sediou o curso de formação de profissionais de saúde, gestores e gestoras dos serviços do processo transexualizador no SUS – Região Nordeste e que contou com a participação de gestores da Bahia, Pernambuco, Ceará e Paraíba. Outra conquista, segundo o gerente, foi a contratação de uma trans para linha de frente do ambulatório.

“Nosso cronograma continua o mesmo desde a abertura do ambulatório, ou seja, o travesti ou trans que desejar um dos nossos serviços deve procurar primeiramente o Espaço LGBT, onde serão encaminhados para o ambulatório. Munido do encaminhamento, cópia do RG e Cartão SUS, ele abrirá seu prontuário e poderá desfrutar do atendimento profissional”, finalizou Sérgio Araújo.

Sobre o serviço

O corpo de profissionais do ambulatório é formado por ginecologistas, endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e fonoaudiólogos. “O ambulatório do Clementino Fraga é o mais completo do Brasil e se tornou referência para outros Estados”, destacou Adriana Teixeira.

O Ambulatório TT é um espaço específico para o atendimento da população de travestis e transexuais dos 223 municípios paraibanos e mais dois Estados da região Nordeste: Pernambuco e Rio Grande do Norte. Após encaminhamento da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, o prontuário é aberto e cada pessoa recebe o cartão do usuário. Munido desse cartão, ele faz seu agendamento para uma das especialidades existentes no ambulatório TT.

Os telefones para contato são (083) 3218-5415 e 3218-5416.

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