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Análises seguem sem identificar manchas de óleo em praias

Ao comentar o resultado das análises feitas até a última terça-feira (29), o superintende de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema), Aníbal Peixoto Neto, disse que nenhuma das praias do estado tem manchas de óleo. “Todas estão livres de óleo. Quanto ao material recolhido pelas nossas equipes (400 kg), se tratava de areia oleada, ou seja, só uma parte era de óleo”, afirmou.

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Desde setembro têm aparecido no litoral nordestino grandes manchas de óleo vindas do fundo do mar. Na Paraíba, foram encontradas inicialmente (final de agosto e início de setembro) manchas em 14 praias – nove delas na Costa do Conde; quatro em Cabedelo; e uma em João Pessoa, no Bessa. Porém, houve a necessidade de limpeza na primeira quinzena de setembro apenas em Cabedelo, no litoral Norte. Nessa limpeza, conforme revelou Aníbal Neto, foram coletados os 400 kg de areia com óleo, levados para uma célula no aterro instalado na Região Metropolitana de João Pessoa.

Com o surgimento de uma segunda mancha de óleo no Nordeste, que não atingiu a Paraíba, segundo o governo, a gestão estadual decidiu criar uma força tarefa para dar início a um trabalho de monitoramento intensivo, contando com equipes da Sudema, Fundação Chico Mendes, Corpo de Bombeiros, Ministério Público do Estado, Agência de Vigilância Sanitária, acadêmicos da Universidade Federal da Paraíba, secretarias de Meio Ambiente e Defesa Civil de todas as cidades do litoral, além da Capitania dos Portos que, por meio da Marinha do Brasil, está à frente da coordenação.

Na Paraíba, segundo Aníbal Neto, o trabalho de monitoramento tem sido feito diariamente com a utilização de drones e equipes que atuam em solo e no mar. O superintendente da Sudema informou que todos os arrecifes do litoral estão intactos, sem sinais de óleo. A pesca também está liberada sem restrições, assim como o consumo de peixes.

Nesta segunda-feira (4), amostras de óleo coletadas na Paraíba serão levadas para análise para ver os parâmetros inorgânicos, como cobre e ferro dissolvido, hidrocarbonetos totais de petróleo e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Esse trabalho também será feito pela Agevisa nos pescados.

Aníbal Neto afirmou que não é possível ter uma resposta conclusiva sobre a ausência de óleo no litoral paraibano, enquanto em estados vizinhos, como Pernambuco, a tragédia ambiental teve sérias repercussões.

O superintendente disse que na terça-feira esteve em Recife para uma reunião a convite do governo pernambucano e que conversou com o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Marcos Araújo, que é oceanógrafo.

O vice-reitor disse que a ausência da mancha de óleo na Paraíba pode ter sido motivada pelo local onde houve o derrame do material ou então por conta das correntes marítimas. No começo da próxima semana, ainda de acordo com o superintendente, o local exato onde começou o derrame do óleo deve ser encontrado, assim como os responsáveis por esse crime ambiental.

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