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Artista realiza workshop e perfomance em JP com mulheres em situação de acolhimento

A artista plástica paulista Beth Moysés está em João Pessoa participando da programação da campanha 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher. A artista traz para a cidade a exposição Relatos Cicatrizados e também realiza um workshop com mulheres em situação de acolhimento. O workshop resultará na performance Águas Transitórias, que será apresentada no Casarão 34, no dia 25 de novembro, às 16h. As atividades são fruto de uma parceria entre a Fundação Cultural (Funjope) e a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM).

A coordenadora da Galeria Casarão 34, Valquíria Farias, ressaltou que as atividades são resultado da parceria de várias secretarias o que demonstra a importância dada pela gestão ao enfrentamento da violência contra a mulher. “A artista aborda a temática feminina de forma sensível e trabalha há muitos anos com a questão da violência”, destacou.

A performance contará com a participação de mulheres selecionadas pelo Centro de Referência da Mulher e Coordenadoria de Trabalho e Renda da Secretaria de Mulheres e traz uma proposta estética-simbólica para abordar o tema da violência.

Para a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), Lídia Moura, a performance Águas Transitórias pode ser definida como “emblemática e poética” e já foi realizada em diversos países como China, Portugal e Espanha. “É uma honra João Pessoa ter sido escolhida para receber essa atividade e em uma data tão especial que é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher”, frisa.

A secretária reforça que a violência contra mulher é um “tema terrível” de ser abordado, mas que a artista Beth Moysés consegue tratá-lo com delicadeza. “A violência contra mulher tem números de uma guerra e por isso a necessidade de combatê-la. A perfomance é uma forma de envolver a sociedade nesse enfrentamento”.

A performance Águas Transitórias é simbólica. Ela é apresentada por vinte mulheres vestidas com uma túnica branca e lisa representando mulheres que sofreram violência física e psicológica. É um trabalho que fala metaforicamente de recomeços possíveis. Já que “tudo é temporário” ou seja tudo são “águas transitórias”. Cada uma dessas vinte mulheres irá plantar uma muda de tipos diferentes de ervas medicinais e regá-la com águas do Rio Sanhauá, energizando-a com desejos de coragem, ânimo e força. Os frutos são – simbolicamente – novos caminhos.

Já a exposição Relatos Cicatrizados, promovida pela Funjope, também acontecerá no Casarão 34. A exposição será inaugurada às 17h, no dia 25 de novembro e fica no local até o dia 31 de novembro, com horário das 10h às 16h.

Beth Moysés

Formada em Artes Plásticas, especializada em Comunicação Visual e possui Mestrado em Artes. Vive e trabalha em São Paulo onde possui um atelier desde 1993 tendo, no ano seguinte, abandonado a pintura, dedicando-se ao uso e experimentação de materiais que se relacionam com o afeto, apropriando-se do vestido de noiva como símbolo da fantasia da mulher. Beth Moysés é representada pela galeria Thomas Cohn e professora da FAAP, em São Paulo.

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