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Assassino de paraibanos na Espanha pesquisou ‘como matar em três segundos’ na internet

O jovem François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso de uma família paraibana na Espanha, premeditou o crime e chegou a pesquisar “como matar alguém em três segundos” num site de buscas na internet. A informação foi divulgada recentemente pelo El País, com base em fontes da investigação da chacina. “Não houve lugar para improviso”, destaca o veículo.

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Segundo a apuração do El País, a defesa de Patrick tentará usar a confissão do crime para impedir que ele seja condenado à prisão perpétua. O objetivo é utilizar os depoimentos como atenuante no caso e conseguir condenação a 30 anos de prisão.

A publicação reconstituiu o dia do crime com dados inéditos. Patrick chegou ao chalé onde morava a família às 14h, horário local, do dia 17 de agosto de 2016. Ele carregava duas pizzas e, após comê-las com os primos, de quatro e um ano, se ofereceu para ajudar a tia, Janaína Santos, a lavar a louça. “Era o pretexto para esfaqueá-la na cozinha”, conta o El País. Em seguida, matou as duas crianças. De acordo com o veículo, Patrick disse aos investigadores: “Estava claro que eu queria matá-los desde antes de chegar à casa. Não passei medo”.

Após o triplo assassinato, o paraibano teria limpado o chão com água sanitária para que o patriarca da família, Marcos Campos, não percebesse que havia algo de errado ao chegar à casa. Ao fim da limpeza, Patrick teria cogitado enterrar os corpos de Janaína e das crianças, mas desistiu por achar difícil cavar no concreto. Foi então que optou esquartejar os familiares e distribuir os membros em sacos plásticos. Ainda faltavam quatro horas para a volta de Marcos do trabalho. Segundo a apuração do El País, foi esse o tempo utilizado para conversar com o amigo Marvin Henriques, que estava em João Pessoa. Marvin chegou a ser preso e apontado como cúmplice de Patrick, mas o processo foi suspenso até que haja comprovação de sanidade mental.

* “Patrick, o assassino”, disse Marvin a autor de chacina na Espanha; veja imagens de conversa

Enquanto esperava Marcos chegar, Patrick disse a Marvin: “Espero não falhar matando esse merda”. O El País destaca que, ao chegar à casa, Marcos Campos encontrou um Patrick “desafiador”: “Olha só… Agora é a sua vez”, teria dito o jovem.

Ainda conforme a publicação, Patrick pernoitou no chalé onde matou os quatro familiares. Na manhã do dia 18, ele pegou um ônibus para Alcalá de Henares, onde dividia apartamento com uma brasileira e dois espanhóis. Segundo o El País, o assassino confesso carregou alguns objetos usados no crime, como luvas, fita adesiva e tecidos manchados de sangue. “Dias depois se desfaz dos utensílios numa lixeira. Joga-os em dias alternados, para não despertar suspeitas”, diz a apuração.

De acordo com o El País, Patrick só fugiu para o Brasil dois dias depois que os corpos foram encontrados, um mês após a chacina. A única pessoa de quem Patrick se despediu foi o homem que lhe alugou o quarto. “Estou no Brasil. Meu tio foi assassinado… A imprensa diz que fui eu… Desculpe não ter te avisado…”, diz a mensagem enviada por Patrick pelo WhatsApp, já enquanto voltava à Paraíba.

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