A chuva de meteoros Geminídeas, que teve pico na madrugada desta quinta-feira (14), não resultou apenas em um lindo espetáculo celeste, mas também possibilitou uma descoberta inédita no Brasil. Imagens feitas em Araruna, no Agreste paraibano, e em Maceió, Capital de Alagoas, indicam que o fenômeno gerou impacto na Lua. Veja vídeo e fotos mais abaixo.
“Esses registros são considerados raros, principalmente pelo tamanho do provável impacto”, contou o astrônomo amador Marcelo Zurita, que fez parte da comissão que captou as imagens durante a madrugada de observação da chuva de meteoros na Pedra da Boca, em Araruna. Ele é diretor técnico da Bramon, rede colaborativa de astrônomos amadores e profissionais responsável por planejar a campanha de observação de impactos lunares.
Ao Portal Correio, Marcelo Zurita explicou que os impactos na Lua são gerados pelo mesmo asteroide que provocou a chuva de meteoros Geminídeas, o 3200 Faetonte. No entanto, são diferentes as formas como acontecem as passagens das partículas do asteroide pela Terra e pela Lua.
“Aqui na Terra a gente observa os meteoros porque as partículas do asteroide queimam ao atravessar a atmosfera, gerando o efeito luminoso. No caso da Lua, que não tem atmosfera, as partículas se chocam diretamente com o solo lunar. Quando os fragmentos maiores colidem, eles liberam toda sua energia no solo da Lua na forma de calor e esse calor a gente consegue exergar aqui da Terra, por meio de flashes que aparecem na Lua. O objeto precisa ser grande para gerar um flash suficientemente brilhante que nos permita enxergar o impacto, então esse registro não é tão comum de acontecer”, avaliou.
A comitiva que acompanhou a chuva de meteoros em Araruna ainda confirmou a chuva de meteoros Geminídeas como a maior do ano, algo que já era esperado e tinha sido divulgado pelo Portal Correio. Abaixo, veja galeria de fotos e vídeo do espetáculo celeste: