Compartilhar o dia a dia em busca de likes tem se tornado uma prática cada vez mais comum na sociedade atual. Diante disso, o psicólogo clínico do Hapvida em João Pessoa, Esly Nascimento de Medeiros, fez um alerta sobre a busca desenfreada por reconhecimento e likes através das redes, lembrando que é preciso entender o sentido para utilização de uma rede social.
“Apesar da frustração com o fim dos likes, pouco a pouco as pessoas começarão a entender o sentido de se utilizar uma rede social ou de postar uma fotografia. O importante é compreender que: quem precisa estar feliz e satisfeito com a nossa vida somos nós mesmos”, afirmou o psicólogo.
Um estudo desenvolvido pela Kaspersky Lab na América Latina, em conjunto com a empresa de pesquisa chilena Corpa, mostra que um em cada quatro brasileiros prefere ter sua casa ou carro roubados em vez de ter suas redes sociais invadidas e perder o acesso a elas para sempre.
Segundo o psicólogo, na conta de rede social é possível o sujeito mostrar quem gostaria de ser integralmente ou quem acredita ser e, a partir do momento em que se tem a conta hackeada, apresenta um sentimento de invasão da sua vida e isso explica o fato de muitos preferirem ter uma casa ou carro roubados ao invés das redes sociais.
“A ideia de ter uma conta de rede social hackeada transmite a sensação de invasão, de sequestro de identidade. Não saber o que farão com a nossa imagem, o que publicarão em nosso nome causa temor. Além de dados particulares que ficarão nas mãos de quem não se sabe quem é”, esclareceu Esly Nascimento.
Apesar de todo esse processo ser natural, seja com as questões da insegurança pela conta hackeada ou pelas curtidas e comentários ao qual o indivíduo que possui uma rede social está submetido a sofrer, o psicólogo também reforçou a necessidade de manter a atenção para relacionamentos que ultrapassam o ambiente virtual.
“Cercar-se de pessoas que nos amam, que convivem lado a lado e que sabe que podem emitir uma opinião verdadeira sobre o indivíduo é de extrema importância. Os relacionamentos de internet jamais substituirão o corpo a corpo, olho no olho. Construir relacionamentos em que as pessoas poderão conviver com qualidades e defeitos também. Perceber que se pode ser aceito não apenas pelas coisas boas, mas também e, sobretudo, pelas coisas não tão bonitas de se mostrar é maravilhoso, é libertador. É vida real!”, concluiu o psicólogo.