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Auto Esporte aprova venda do CT de Mangabeira

Foto: Divulgação

O Conselho deliberativo do Auto Esporte surpreendeu os meios esportivos da Paraíba ao divulgar nota confirmando a venda do Centro de Treinamentos do clube localizado em Mangabeira, em João Pessoa. Ex-dirigentes contestam a transação.

A aprovação da venda do patrimônio do clube automobilista, de acordo com nota divulgada pelos conselheiros, nesse domingo (5), contou com a unanimidade dos presentes da reunião que aconteceu na sede do clube, em Mangabeira.

“Em reunião do Conselho Deliberativo realizado na manhã desse domingo (5), no Mangabeirão, foi aceita por unanimidade pelos conselheiros presentes a proposta de venda do centro de treinamento do Auto Esporte Clube. Na próxima semana será convocada uma reunião com os torcedores para esclarecer todas as informações e também, dentre esses, serão escolhidos três representantes para acompanhar e ajudar em todo o processo e andamento do projeto e futuro do Auto Esporte Clube”, afirma a nota.

O conselheiro e membro da comissão que avalia as negociações, Paulo Raniere, “não tem nada vendido. É apenas uma proposta de compra e venda que está sendo estudada. O clube foi procurado por uma rede de supermercado que fez a proposta”.

Segundo Paulo Raniere, “após essa proposta, foi formada uma comissão para avaliar a possível venda. Inicialmente foi feita a assembleia reunindo os sócios do clube e neste domingo aconteceu a assembleia dos conselheiros que aprovaram as negociações”, afirma o conselheiro.

A comissão, de acordo com Paulo Raniere, é composta porá José Benedito, presidente do Conselho Deliberativo, além dos seguintes membros do CD, Paulo Raniere, Adriano Gomes, Joacil Pereira e Watteau Rodrigues.

“Tem muita gente reclamando, mas essas pessoas não conhecem nosso projeto. Não queremos esconder nada de ninguém. Brevemente mais convocar os torcedores e imprensa para mostrar nas propostas e nossos objetivos, para tirar o auto Esporte da atual situação”, acrescentou Paulo Raniere.

O presidente do Conselho Deliberativo do Auto Esporte, José Benedito, Zezinho, falou das aprovações por parte dos sócios e conselheiros, e repetiu que nenhuma documentação sobre a venda do CT do Auto Esporte foi assinada ainda.

“Não tem nada assinado, ainda. Vamos aguardar os acontecimentos para saber se vai ser aprovada, efetiva, esta proposta por parte do grupo de supermercados, para a gente aprovar um projeto para viabilizar o clube, porque do jeito que está não pode ficar”.

Ex-dirigentes contestam a venda

O ex-presidente Edvalson Travassos que esteve participando ativamente no clube entre os anos de 1973 a 2009, afirmou que não confia na atual direção do clube e teme pelo futuro do Auto Esporte. Edvalson fosse presidente por quatro vezes, da diretoria executiva.

“Se eu confiasse nesta turma, aprovaria esta negociação, para pagar todas as dívidas e organizar o clube. Mas este povo está no Auto Esporte há 15 anos e rebaixaram o time. Eles não são automobilistas, não sabem administrar futebol. E não sabemos o que irão fazer com este dinheiro”, disse o ex-dirigente.

Outro conselheiro que foi presidente da diretoria executiva do clube automobilista e conta sobre o valor de R$ 25 milhões, anunciado pela venda do CT do Auto Esporte, é Demócrito de Assis.

“Quando foi presidente aquela área do Auto Esporte foi avaliada em R$ 40 milhões, e como agora só vale R$ 25 milhões? “.

Ainda segundo Demócrito, existem informações de um possível documento que impede qualquer negociação do terreno pertencente ao Auto Esporte. O local teria sido doado pelo Estado e teria uma cláusula proibindo o clube de vender o patrimônio. 

O ex-presidente do Auto Esporte, Vicente Lamenha, ao tomar conhecimento da aprovação da venda do patrimônio do clube pelos atuais conselheiros, lamentou afirmando que os torcedores e ex-dirigentes devem fazer um movimento para evitar a venda do CT.

“Esta área do Auto Esporte não pode ser vendida. A torcida deve fazer um movimento. Devemos fazer alguma coisa. Sabemos qual é o motivo desta negociação. O Auto Esporte é uma tradição do nosso futebol, um clube com 87 anos, não pode se acabar”, disse Lamenha, que foi presidente executivo do Auto Esporte nos anos 1990.

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