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Autoridades divulgam notas de pesar e lamentam morte de Ariano Suassuna

Membros dos poderes Executivo e Legislativo e entidades de grande representatividade se manifestaram por meio de notas oficiais de pesar ou por redes sociais após a confirmação do falecimento do escritor, poeta e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, nesta quarta-feira (23).

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A presidente Dilma Rousseff afirmou que “o Brasil perdeu hoje uma grande referência cultural. Ariano Suassuna foi capaz de traduzir a alma, a tradição e as contradições nordestinas em livros como Auto da Compadecida e Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. A obra de Suassuna é essencial para a compreensão do Brasil”. Ela ainda destacou que guarda ótimas recordações dele.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves disse que é “lamentável a perda do escritor. O País e a cultura brasileira ficam órfãos de um poeta e um dramaturgo genial, que representou como poucos a cultura popular e o espírito nordestino. Ele soube traduzir os sentimentos e a vida do cidadão comum do sertão em poemas e obras dramatúrgicas que se tornaram ícones da produção literária brasileira”.

A Academia Brasileira de Letras, na qual Ariano ocupava a cadeira de número 32, manifestou-se através de seu presidente, Geraldo Holanda Cavalcanti, que declarou que “a morte de Ariano Suassuna confrange e entristece a ABL. No espaço de um mês, é o terceiro grande acadêmico que parte. Estendemos à família de Ariano nossos profundos sentimentos de pesar. E à multidão de seus amigos, leitores e admiradores no Brasil e no mundo, nossa solidariedade pela imensa perda”.

Cavalcanti e o também acadêmico Evanildo Bechara representarão a ABL no funeral de Suassuna, amanhã (24), em Paulista, região metropolitana do Recife.

O governador de Pernambuco, estado onde o escritor residia, já tendo ocupado, inclusive, o cargo de secretário de Cultura, disse: “Foi com profundo pesar que recebi a notícia da morte de Ariano Suassuna. Paraibano de nascimento, pernambucano de coração, já que morou no Recife por mais de 70 anos de sua vida. É um dia muito triste para todos nós, pernambucanos, nordestinos e brasileiros”.

O governador da Bahia, Jacques Vagner, também lamentou, destacando que “com o Movimento Armorial, Suassuna buscou uma expressão erudita para as manifestações artísticas populares. Foi um pensador incansável e deixará muita saudade.”

Na cidade natal de Ariano, João Pessoa, o prefeito Luciano Cartaxo fez a seguinte declaração em sua conta de twitter:

“A literatura e a dramaturgia perdem muito com a morte de Ariano Suassuna. Presto solidariedade aos seus familiares, amigos e leitores. Ariano foi exemplo de defesa da nossa cultura. Estou decretando luto oficial de três dias pela morte deste grande paraibano”.

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, também decretou luto oficial de três dias.

O decreto, de nº 35.194, indica que o ritual póstumo de Ariano Suassuna seguirá o mesmo padrão destinado aos chefes de Estado. “Os pavilhões nacional e estadual devem ser hasteados à meia-verga, em todos os estabelecimentos públicos estaduais”, diz o decreto.

Coutinho lamentou a morte do escritor: “Ariano, que por tantos anos nos fez rir, nos obriga a chorar o último capítulo de sua premiada trajetória. Mas não nos impede, ao mesmo tempo, de reverenciar o brilhantismo de sua existência, já que, segundo o próprio, o homem nasceu para a imortalidade. A morte foi um acidente de percurso”. 

Também em nota oficial, o conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Fábio Túlio Filgueiras Nogueira, destacou que “a dimensão de Ariano Suassuna pode ser avaliada, sobretudo, pela promoção da alma nordestina, pelo apego irreparável aos modos, aos hábitos, à fala e ao sotaque da gente simples do interior, de onde ele extraiu os seus heróis, os personagens que encantaram e encantam o mundo”. 

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