Moeda: Clima: Marés:
Início Geral

Base aliada usa estratégia para evitar obstrução da PEC 241

Por 250 votos contrários e 12 favoráveis, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou requerimento para retirar da pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que limita os gastos da União. O requerimento para retirar a PEC da pauta foi apresentado pelo líder do governo André Moura (PSC-SE), como parte da estratégia do governo para evitar a obstrução, diminuindo a quantidade de requerimentos que poderiam ser apresentados pela oposição para evitar o começo da discussão da matéria.

Leia mais notícias de Política no Portal Correio

A oposição reclamou e pediu que o requerimento ficasse prejudicado, mas o pedido não foi aceito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Fizeram uma manobra absolutamente ridícula, mas que tem eficácia, porque o presidente da Câmara não prejudicou o requerimento, que é o próprio governo pedir para retirar de pauta e eles próprios votarem contra para derrubar a rejeição da retirada”, disse a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

“Neste caso, ele [Maia] teria que recusar o requerimento, porque o governo encaminhou pela retirada e votou contra e o regimento diz que o requerimento não se sustenta com esse tipo de procedimento”, acrescentou.

Mais cedo, o governo conseguiu a aprovação de um requerimento retirando a exigência do intervalo de duas sessões e abrindo a possibilidade de votação da proposta. No momento, os deputados discutem a matéria. A oposição afirma que se a medida for aprovada haverá retrocesso em áreas como saúde e educação, que perderão recursos.

O líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), advertiu que a PEC desrespeita a Constituição que determina a aplicação de percentuais mínimos nas áreas de Saúde e Educação. “Sou favorável a ideia de que não se gaste mais do que se arrecada e a responsabilidade com os gastos públicos, mas isso tem que ser feito com o mínimo de respeito com a Constituição e o que a PEC faz é justamente o contrário. Ainda que o governo arrecade muito mais, ele não está obrigado a investir proporcionalmente em Saúde e Educação”, disse.

Já o governo diz que a medida é necessária diante da crise econômica. O líder do PSDB, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), afirmou que a crise fiscal é herança dos governos anteriores e que a limitação de gastos ajudará o país a retomar o crescimento. “Ela [a PEC] vem em um momento apropriado, vai contar a gastança do governo federal que foi produzida no governo do PT e que trouxe prejuízos para o país”, disse.

A PEC cria um teto de gastos do governo por 20 anos. A medida foi batizada pelo Executivo de novo Regime Fiscal. Pela proposta, o aumento das despesas no Orçamento ficará limitado pelos próximos 20 anos, sendo reajustado somente pela inflação do ano anterior.

Leia mais notícias em portalcorreio.com.br, siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos no Youtube. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Correio pelo WhatsApp (83) 9 9130-5078.

 

Palavras Chave

Portal Correio
publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.