A paraibana Bixarte representa a Paraíba durante o Festival Conexões Urbanas Femininas – Impressões Femininas na Cultura de Rua, que acontece a partir desta quinta (29) a 1º de novembro. Produzido e gerido por mulheres, o evento apresenta um universo onde as narrativas, a criatividade e as vivências femininas da cultura de rua estão conectadas em evidência e em protagonismo.
Contando apenas com artistas mulheres em sua programação, o festival tem quatro dias de apresentações e reflexões sobre a cultura urbana, compartilhando e apresentando as histórias de mulheres que são autoridades, constroem, fortalecem e conectam todos os elementos da cultura urbana no Brasil.
Cantora, compositora, poetisa e rapper são faces da arte que a Bixarte explora. Ela é Bicampeã do Slam estadual da Paraíba e finalista do Slam Brasil. Aos 18 anos, lançou seu primeiro trabalho musical chamado “Revolução” e aos 19 sua mixtape “Faces” e “Faces Remix”. Bixarte canta e recita sobre o que vive e também sobre a urgência de falar sobre corpos invisibilizados.
O evento acontece nos três primeiros dias no Youtube do festival e encerra no Twitch, no canal de cada artista. Oficinas, mesas de conversa, shows e DJ sets fazem parte da programação.
Além das já citadas DJ Donna e Karol Conká, fazem parte do line up as cantoras Tássia Reis e Jup do Bairro, a grafiteira Criola, a DJ Vivian Marques, a relações públicas Van Nobre e a influencer Stella Yeshua, coletivos de DJs mulheres como UH! Manas e Coletivo Útero e muitas outras mulheres representativas em seus espaços.
Oficinas e bate papos
30/10 (sexta-feira)
Shows
31/10 (sábado)
Discotecagem (Twitch)
1o/11 (domingo)
A 1ª edição do Festival Conexões Urbanas – Impressões Femininas na Cultura de Rua foi realizada no Estádio Nacional de Brasília, em 2017, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura. Com uma mostra dos processos criativos de mulheres na arte urbana, oficinas, vivências, performances e apresentações artísticas, proporcionando acesso gratuito à população. A música é um dos carros-chefes do projeto e, por isso, um palco especial foi construído para valorizar, difundir e promover carreiras artísticas de MCs e DJs, que contou com nomes como DJ Donna, DJ Simmone Lasdenas e Rimas e Melodias. Além disso, graffiti, danças urbanas, moda e economia criativa foram elementos presentes e protagonizados por mulheres, a maior parte delas, moradoras de periferias.
A 2ª edição aconteceu na Casa Abrigo, espaço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica, onde mães e filhos vivem, temporariamente, num momento decisivo para virada de chave, em busca de uma nova vida sem violência, com autonomia financeira, autoestima e novas perspectivas de futuro. O projeto buscou contribuir, por meio de formativas sobre mercado de trabalho, compartilhamento de ferramentas e estratégias para geração de renda na cultura, entre outras atividades, também voltadas para o entretenimento, autoestima, saúde mental e autocuidado. Participaram nomes como DJ Donna, Vera Veronika, Layla Moreno e Rubia Nunes.
A motivação fundante é contribuir para a redução das desigualdades de gênero dentro da cadeia produtiva das artes, olhando, especialmente, para a cultura urbana, cujo protagonismo das mulheres tem sido, de forma singular, especialmente negado, com as suas existências e saberes.