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Boicote ou factoide?

Será que o governador Ricardo Coutinho repassaria, totalmente, os recursos de uma obra conveniada com um município que pela medição da área técnica atingiu apenas 22,9% de execução?

A pergunta é feita por integrantes da bancada federal para deixar claro que a reclamação que o governador faz contra o ministro Bruno Araújo (Cidades), por ter suspendido transferência total de recursos para obra inconclusa – o viaduto do Geisel – mostra mais necessidade de ter dinheiro para seu andamento, do que constatação de retaliação política.

Ricardo sustenta que o Governo pode, e tem liberado dinheiro antecipadamente, e cita as obras do PAC. Diz que quem defende a posição do ministro boicota a Paraíba.

Essa é a segunda vez que Ricardo reclama contra o governo Temer, que completou um mês. Na primeira, disse que se o governo não desse aval a empréstimo que tinha sido autorizado por Dilma, seria retaliação a Paraíba. O grito deu certo. O aval saiu rápido. Na última sexta-feira, denunciou que R$ 17,8 milhões que tinham sido liberados pela presidente afastada para o viaduto do Geisel, foram retirados da conta do Estado.

O ministro confirma que suspendeu a liberação, mas esclarece que o dinheiro jamais chegou a ser depositado na conta do Estado. Explica que em 16 meses o governo Dilma só liberou R$ 240 mil para a obra, mas na véspera do seu afastamento autorizou o valor total, quando pela medição feita pela Caixa, está com apenas 22,9% de execução. Ricardo acusa a Caixa de ser lenta nas aferições. Sustenta que atingiu 62%.

Em nota anterior, o Ministério tinha dito que ao exigir os 100% do valor do convênio sem que a obra esteja 100% pronta, o governador quer receber “tratamento privilegiado em detrimento às centenas de obras pelo país”. Ricardo enxergou influencia de políticos paraibanos. O ministro é filiado ao PSDB de Cássio Cunha Lima, que entrou na briga acusando o governador de criar factoides. Para ele, não passa de jogo político.

Como Ricardo ameaçou judicializar o caso e o ministro respondeu que se fizer vai esperar a decisão transitada em julgado, o que pode demorar anos, o coordenador da bancada federal, Benjamin Maranhão pediu audiência para que solucionem o impasse. Voz de bom senso. Bravatas só produzem confusão, nunca solução.

TORPEDO

Não é esse o costume do cidadão? Só pagar quando o serviço é feito? É o que pretendemos fazer com rigor. (…) É possível discordar desse procedimento? A nossa atitude, portanto, foi no sentido de garantir maior eficiência e compromisso na execução da obra.

Do ministro Bruno Araújo (Cidades), desmentindo depósito de R$ 17,8 milhões na conta do Estado e lamentando “batalhas políticas”.

No Espaço

A presidente afastada Dilma Rousseff estará amanhã em João Pessoa. Convidada pela Assembleia, vai falar às 15h, no Espaço Cultural, onde além dos políticos aliados, ouvirá lideranças sindicais e artistas locais.

Alerta

O deputado tucano Tovar Correia avisa que, apesar da crise econômica e do seu impacto nas finanças estaduais, que impediu aumento para servidores, o TCM pode entrar em pauta ainda este mês, na Assembleia.

Andaime

A pedido do MPF-PB, a Justiça Federal suspendeu as atividades das empresas Servcon e EPP e TEC. Ambas são investigadas na Operação Andaime e acusadas de fraudes em licitações em prefeituras da Paraíba.

Boa notícia

Os mais de 35 mil servidores da PMJP receberão metade do 13° salario no próximo dia 21. O anúncio do prefeito Luciano Cartaxo agrada também o comércio: junto com o salário, chega a R$ 106.515 milhões.

ZIGUE-ZAGUE

Ao tomar posse no Banco Central, ontem, Ilan Goldfajn reafirmou a necessidade de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%. Tem o apoio do Brasil.

Diagnóstico de Henrique Meirelles: “Nos últimos anos, vivemos a ilusão de que seria sempre possível gastar mais, transferindo a conta para o futuro.” Ele chegou.

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