As ações da Braskem deixarão de integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3. O comunicado foi emitido nesta terça-feira (5) por causa da possibilidade do afundamento de terra em Maceió, situação causada pelas minas de extração de sal-gema da petroquímica.
“Em função da situação de emergência decretada pela prefeitura de Maceió, envolvendo uma mina da Braskem, a B3 iniciou em 1º de dezembro o Plano de Resposta a Eventos ESG relacionados ao ISE B3”, afirmou a empresa.
Todo o processo da mineração na capital alagoana começou na década de 1970, com autorização do poder público. Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apontou que a exploração era feita de forma inadequada. Por isso, desestabilizou as cavernas subterrâneas que já existiam nos bairros, causando o afundamento do solo e, consequentemente, as rachaduras nos bairros de Pinheiro.
Desde então, mais de 14 mil imóveis estão condenados, o que prejudicou a via de cerca de 55 mil pessoas. Uma nova equipe do CPRM está em Maceió para avaliar o problema, que é monitorado também pela Defesa Civil Nacional.
A decisão da B3 leva em consideração os quatro pilares divulgados no Plano de Resposta: impacto ESG da crise, gestão da crise pela companhia, impacto de imagem da crise na empresa e resposta da companhia à crise.
Um dos itens do regulamento estabelece a exclusão de ativos que “durante a vigência da carteira se envolvam em incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3, conforme critérios estabelecidos na política de gestão de riscos do índice”.