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Buega Gadelha é solto após prestar depoimento à PF em Brasília

A Justiça Federal concedeu, na noite desta terça-feira (19), alvará de soltura ao presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, Francisco de Assis Benevides Gadelha (Buega Gadelha). A informação foi confirmada à redação do Portal Correio pelo irmão dele, o ex-deputado estadual Renato Gadelha.

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Buega estava entre os presos na Operação Fantoche, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos entre empresas ligadas a uma mesma família, o Ministério do Turismo e o Sistema S no valor total de R$ 400 milhões. O presidente da Fiep foi detido em Brasília, para onde ele tinha ido participar de um evento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

“Ele se apresentou à Polícia Federal em Brasília, prestou depoimento e foi liberado em seguida”, disse Renato Gadelha, que acrescentou que Buega deve retornar à Paraíba nesta quarta-feira (20). O ex-deputado confirmou ter falado com o irmão após a soltura, mas não comentou como serão os argumentos de defesa que serão utilizados a partir de agora.

Investigações

De acordo com as investigações, um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar vinha atuando de forma contínua e perene, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

Ainda conforme divulgado pela Polícia Federal, o modus operandi empregado pela organização criminosa foi sempre similar e consistia na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério conveniente e Unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A Operação Fantoche é desempenhada com o apoio do Tribunal de Contas da União e, ao todo, conta com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU, que estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária. A Justiça também autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados. Além de Paraíba e Pernambuco, recebem ações da Fantoche os estados de Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

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