‘Cabra Marcado Para Morrer’ é eleito o melhor documentário brasileiro

“Cabra Marcado para Morrer” (1984), filme de Eduardo Coutinho, foi eleito o melhor documentário do cinema nacional pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abbracine). Conforme o Correio Online, a lista com os 100 melhores filmes foi divulgada na manhã desta quinta-feira (16), no blog da entidade, e partiu de uma eleição com os membros da associação e críticos convidados. Veja a relação completa.

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‘Cabra Marcado” tem íntima ligação com a Paraíba. O filme parte do assassinato de João Pedro Teixeira, líder das ligas camponesas em Sapé. Começou a ser feito nos anos 1960, como uma ficção, com personagens reais interpretando a si mesmos, caso de Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro. Mas a produção foi interrompida pelo golpe militar de 1964.

Vinte anos depois, Coutinho retomou o filme, agora como um documentário que mostra onde aqueles personagens estavam e tentava localizar Elizabeth, que caiu na clandestinidade com o regime militar. O ano de lançamento do filme foi o último da ditadura.

Coutinho é também, de longe, o cineasta mais lembrado. São nove filmes no total, quase 10% da lista, e três no top 5. Além de “Cabra Marcado para Morrer”, “Jogo de Cena” (2007) ficou em 2º e “Edifício Master” (2002), em 4º. Depois vêm “Santo Forte” (1999, 19º), “Peões” (2004, 33º), “O Fim e o Princípio” (2005, 52º), “Theodorico, o Imperador do Sertão” (1978, 63º) “Moscou” (2009, 80º), e “As Canções” (2011, 84º).

Três cineastas paraibanos estão na lista. Linduarte Noronha, com “Aruanda” (1960, 10º), Vladimir Carvalho, com “O País de São Saruê” (1971, 12º) e “Conterrâneos Velhos de Guerra” (1990, 21º) e Walter Carvalho, com “Janela da Alma” (2001, 20º) e “Raul – O Início, o Fim e o Meio” (2012, 88º).

Como a eleição dos 100 melhores filmes brasileiros, que a entidade realizou no ano passado, esta também vai resultar em um livro: “Documentário Brasileiro – 100 Filmes Essenciais”, a ser lançado pela Editora Letramento.

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