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Cagepa é responsável por soda cáustica no Rio Gramame

A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) emitiu nota para confirmar que foi a responsável pelo vazamento de soda cáustica no Rio Gramame, no Conde, na Grande João Pessoa, e negar que o volume lançado tenha sido de 40 mil litros. Apesar disso, a estatal não informou qual foi o volume exato e tentou minimizar os danos. A informação é do Jornal Correio da Paraíba.

A Defesa Civil de João Pessoa emitiu alerta na tarde dessa sexta (9), logo quando o problema foi identificado, e pediu que a população ribeirinha evitasse contato com a água. O Rio Gramame é responsável pelo abastecimento de parte da Grande João Pessoa.

“A Cagepa informou que já conseguiu estancar parte do vazamento e está colocando um produto para tentar neutralizar a ação da soda cáustica. Mas, inevitavelmente, o material já chegou ao rio e vai ocasionar a morte dos animais, sobretudo de peixes”, disse o coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, ao Correio da Paraíba.

O gestor ambiental e integrante da Organização Não-Governamental (Ong) Viva Olho do Tempo, localizada em Gramame, Ivanildo Santana, lembrou que a água do rio recebe dejetos industriais diariamente, o que já está comprometendo a sobrevida da fauna e flora do curso. Com o acidente ocorrido nessa sexta, a poluição ficará mais grave.

Noé Estrela lembra que a população pode acionar a Defesa Civil a qualquer hora, por meio do Disk Defesa Civil: 0800 285 9020.

A Defesa Civil da cidade do Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, também emitiu alerta à população ribeirinha. “Até que sejam realizados testes de qualidade nas águas para avaliar a balneabilidade do rio, os moradores devem evitar o uso da água para banho e consumo. Os especialistas que integram a Secretaria de Meio Ambiente iniciarão na manhã deste sábado (10), o monitoramento da qualidade da água”, informou a prefeitura.

Em caso de dúvidas ou registro de ocorrência, entrar em contato com a Defesa Civil do Conde, através do número (83) 98678-5976.

Na nota enviada ao Correio da Paraíba, a Cagepa disse que encaminhou técnicos ao local, que em pouco tempo, conseguiram conter o vazamento. Ainda conforme a estatal, a quantidade do produto despejado no Rio Gramame não foi suficiente para causar danos ao meio ambiente. Apesar disso, técnicos da Gerência de Controle de Qualidade da empresa estão monitorando o manancial e realizando testes para analisar a qualidade da água.

A empresa afirmou também que a água distribuída a partir da Estação de Tratamento de Gramame não foi afetada com o vazamento do equipamento, descartando assim, qualquer possibilidade de contaminação. Segundo a Cagepa, a empresa responsável pelo fornecimento do tanque cilíndrico será responsabilizada uma vez que o equipamento foi adquirido há pouco menos de cinco anos.

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