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Qual o caminho do dinheiro em uma transação internacional?

Conteúdo patrocinado. Uma das dúvidas de quem vai fazer um envio de dinheiro para o exterior é o caminho pelo qual o valor passa saindo de um país até chegar em outro. Uma das forma mais tradicionais é a transferência bancária internacional por ordem de pagamento.

Esse tipo de transação usa uma rede internacional conhecida como sistema Swift. Ele foi criado e gerido pelo conjunto de bancos membros da Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (Sociedade para as Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais).

O sistema atribui a cada banco membro uma identificação, chamada de código Swift ou BIC (Bank Identifier Code), que garante segurança na transferência de um banco para outro no exterior. O trabalho da rede é comunicar entre os bancos parceiros as transferências, agilizando o processo.

Em resumo, um banco avisa a outro, via rede Swift, que vai ser enviado um montante em dinheiro em determinado valor, para determinada conta. O banco destinatário do dinheiro recebe uma mensagem da rede, informando sobre o recebimento e, assim, pode adiantar o depósito do valor para a conta do beneficiário.

A princípio é fácil, mas não são todos os bancos que participam da rede Swift. Isso torna a transferência por ordem de pagamento mais complicada.

Vamos a um exemplo. Um brasileiro cliente de um banco pequeno, que não é membro da rede, envia uma remessa para um familiar que mora na Irlanda e tem uma conta em outro pequeno banco irlandês, que também não integra o sistema Swift.

Para que o dinheiro saia do Brasil e chegue à Irlanda, os dois bancos precisam firmar parcerias com instituições bancárias maiores internacionais que participam da rede.

Parceria feita, no Brasil, o banco menor envia o dinheiro ao banco maior, muitas vezes com sede fora do Brasil. Este repassa ao banco intermediário parceiro da instituição irlandesa o valor, comunicando a transação via Swift. Então, por meio de outra parceria, esta instituição avisa ao banco pequeno, onde o familiar do brasileiro tem conta, de que o dinheiro está disponível.

Assim, fazendo um caminho com dois intermediários, o familiar que vive na Irlanda recebe o dinheiro transferido do Brasil.

O uso da rede Swift não é gratuito. Todos os bancos membros precisam pagar pela plataforma, a fim de cobrir os custos do sistema. Para cada aviso de transferência, o banco paga cerca de US$ 20 para a rede, a chamada taxa Swift. Trata-se de um valor que os bancos devem à rede, mas é muito comum que o cliente acabe pagando, porque vai embutida nos custos da transferência internacional.

Em uma transferência entre bancos pequenos, como a exemplificada há pouco, o banco emissor paga uma taxa para usar a Swift do intermediário maior, que paga a taxa Swift para o intermediário estrangeiro, que cobra do banco beneficiário uma taxa pela parceria. É parte da política dos bancos decidir se as taxas serão ou não repassadas para o cliente.

Dá para fugir da Swift?

Sim. Nem todos os meios de enviar dinheiro para fora do país demandam o uso da rede Swift. Um dos exemplos é a Remessa Online, que utiliza a blockchain da Ripple. Esta tecnologia oferece mais segurança e eficiência ao processo

Onde entra o Iban?

O código Iban (sigla para International Bank Account Number) é mais um componente de segurança na transferência de valores para o exterior.

Ele identifica as contas bancárias por meio de um código alfanumérico, com 29 caracteres, que informa, exatamente, país, instituições financeira, agência, tipo e titularidade da conta para onde o dinheiro será enviado, além, claro, do número da conta em si.

Dessa forma, além do código Swift, em uma transferência bancária internacional por ordem de pagamento, também será necessário informar o Iban. Por analogia, podemos dizer que o código SWIFT corresponde ao número do banco e da agência, e o Iban corresponde ao número da conta.

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