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Caminhoneiros param atividades e Paraíba pode ficar sem combustíveis nos postos

Motoristas e ajudantes de entrega que fazem a distribuição de combustíveis para postos de todo o estado estão com as atividades paralisadas. A informação foi confirmada ao Portal Correio pelo presidente do sindicato que representa as categorias (Sindmae-PB), Marco Antônio. Cerca de 200 caminhões pararam de circular nessa segunda-feira (4) e não há previsão de retorno das atividades.

De acordo com Marco Antônio, a paralisação acontece em protesto às más condições de trabalho e cobranças indevidas aos trabalhadores. “Quando a carga sai das usinas a medição é feita em litros, mas ao chegar no porto [de Cabedelo] eles querem calcular no peso. Isso é um absurdo e acaba nos prejudicando porque a diferença nessa conversão chega a 200 litros. E os empresários não querem perder dinheiro, então acabam descontando essa falta no nosso salário”, reclama.

Ainda conforme o presidente do sindicato, por causa dessa cobrança já houve casos de motoristas que não receberam dinheiro algum no fim do mês. “Em uma só carga, o prejuízo pode chegar a mil reais, 30% do valor do nosso salário. Mas cada motorista transporta uma média mínima de uma carga a cada dois dias. Ou seja, já tivemos casos de motorista que recebeu contracheque zerado”, completa Marco Antônio.

Os motoristas e ajudantes de entrega de combustíveis também reclamam que no Porto de Cabedelo não há condições propícias para trabalho. “Não temos banheiro, nem área de descanso”. Eles dizem que já tentaram diálogo com os donos de transportadoras e postos pelos quais são contratados para pedir apoio nas reivindicações, mas não tiveram sucesso. “Estamos desenganados até com o Ministério do Trabalho, que chegou a dizer que não tinha contingente para fazer fiscalizações”, criticou o presidente do Sindmae-PB.

Além de paralisar as atividades, a categoria planeja interditar trechos das BRs 101 e 230 nesta quarta-feira, véspera de feriado, das 6h às 17h. “Na BR-101 o protesto será na saída para Recife e, na 230, nas saídas para Natal e Campina Grande”, adiantou Marco Antônio.

“Vamos aguardar negociação com a administração do porto de braços cruzados e esperamos o apoio de autoridades públicas. Não temos data para retornar aos trabalhos”, finalizou.

A redação tentou contato com a administração do Porto de Cabedelo, mas até a publicação desta matéria as ligações não tinham sido atendidas.

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