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Candidatos acionam Justiça contra concurso da Sedurb

Os candidatos do concurso da Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) entraram com recurso administrativo e ação judicial citando irregularidades no edital e na aplicação da prova. Segundo eles, houve irregularidades na aplicação de um teste que já está em desuso em concursos públicos.

Segundo o psicólogo Joalisson de Almeida, o teste da Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) está com o prazo de validade vencida. A prova aconteceu no dia 27 de maio, mas o prazo de validade do teste era apenas até o dia 11 de abril.

“Todo teste é regulamentado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP), o autor do teste submete o teste a uma apreciação do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi). Esse órgão faz o julgamento do teste e emite um parecer favorável ou não. Testes desfavoráveis não podem ser usados por psicólogos em avaliação”, explica Joalisson. “A utilização desse teste é uma falta ética e compromete todo o processo da avaliação psicológica”, garante.

Em uma nota oficial explicativa direcionada aos candidatos, o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade) reconhece que, somente após a aplicação da avaliação, verificou-se a inviabilidade do uso do teste EFN. Segundo o instituto responsável pela banca, o teste e a característica que foi avaliada por ele, foram desconsideradas na análise do resultado preliminar. “Ressaltamos que [a] situação não oferece prejuízo aos candidatos, nem interfere no resultado preliminar do exame psicotécnico divulgado”, explica o Ibade. Eles garantem que os parâmetros dessa avaliação não são critérios determinantes para considerar uma inaptidão.

Concorrendo à vaga de agente de controle urbano, Ricardo Carneiro se prepara há sete anos para provas como essa. Ele obteve boa colocação em outras fases do concurso da Sedurb, mas foi reprovado no exame psicotécnico. “Estudei bastante para esse concurso. É muito frustrante, a gente se sente como tivesse sido lesado”, desabafa.

Além do exame utilizado, os candidatos alegam que durante a avaliação, que durou quatro horas, era proibido sair para ir ao banheiro, prejudicando assim a concentração. “Isso não existe de forma alguma. É comprovado que qualquer pessoa que esteja com o seu metabolismo alterado, não consegue se concentrar”, lamenta Ricardo. Ele acredita que isso atrapalhou a prova de muitos candidatos. O Ibade nega e afirma que aqueles que solicitaram, foram atendidos.

*Matéria atualizada para incluir o posicionamento do Ibade.

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