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Candidatos se atacam e fazem promessas em debate da 98 FM

Os candidatos ao Governo da Paraíba se enfrentaram em mais um debate, desta vez na 98 FM, com transmissão ao vivo pelo Portal Correio e emissoras da Rede Correio Sat para todo o estado. O primeiro bloco teve temas livres e os candidatos discutiram sobre segurança pública, primeiro emprego, movimentos sociais e o caso do Empreender, que foi suspenso pela Justiça nesta segunda-feira (1º). Acompanhe abaixo.

1º bloco

Quem começou a rodada de perguntas do primeiro bloco foi o candidato José Maranhão (MDB). Ele escolheu João Azevêdo (PSB) para questioná-lo sobre o caso do Empreender, que foi suspenso pela Justiça da Paraíba nesta segunda-feira (1º). O socialista respondeu dizendo que as acusações eram comuns em épocas eleitorais e defendeu o programa, alegando que “ele mudou a vida de milhares de pessoas”.

Segundo Azevêdo, o Empreender será transformado em uma agência de fomento para liberação de crédito. Na réplica, Maranhão disse que a decisão era da Justiça, que não poderia ser questionada, e que o programa tem fortes indícios de que seria usado de forma eleitoreira. Está muito claro. Contra provas, não há argumentos”, disse. Na tréplica, João continuou defendendo o programa e outros atos do governo de Ricardo Coutinho (PSB).

João Azevêdo deu continuidade ao debate, perguntando agora para Lucélio Cartaxo (PV) qual a proposta dele para jovens que buscam o primeiro emprego. Cartaxo respondeu que vai oferecer microcrédito, através do Banco Cidadão, para que jovens possam se inserir no mercado de trabalho e também tenham oportunidade de abrir um negócio. Na réplica, Azevêdo prometeu implantar o programa Primeira Chance para permitir que os alunos que saiam das escolas técnicas e entrem no mercado de trabalho. Na tréplica, Lucélio afirmou que ele teve oito anos para cumprir promessas, mas não as fez e citou rapidamente mais ações que pretende desenvolver na área econômica caso seja eleita.

Foi a vez de Lucélio perguntar a Rama Dantas (PSTU). Ele a questionou sobre as propostas dela para a segurança das divisas do estado. Rama respondeu que não basta investir somente em segurança ostensiva, mas na contratação de concursados, em conselhos populares de segurança e melhorias nas condições de trabalho dos policiais.

Lucélio falou na réplica que pretende implantar o projeto ‘Caminho Seguro’, com radares inteligentes e policiamento para evitar que as divisas sejam “porteiras abertas”. Ele prometeu ainda investir em concursos públicos e desenvolver propostas que insiram jovens em cultura, lazer e esporte para que não se envolvam com drogas. Na tréplica, Rama questionou se as promessas seriam realmente cumpridas.

Rama continuou a rodada e perguntou para Tárcio Teixeira (PSTU) se ele acredita que o combate a candidaturas que pregam ódio será combatido nas ruas ou nas urnas? Ao fazer o questionamento, ela se referiu à candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Tárcio respondeu que o combate pode ocorrer por meio das duas formas. Ele fez críticas ao presidenciável, dizendo que ele os seguidores pregam ódio e preconceito. Na réplica, Rama contestou e falou que essa situação só poderia ser mudada por “processos de rebelião” somente nas ruas. Na tréplica, Tárcio afirmou que os outros candidatos se escondem e se “pintam de neutro”, com medo de perder votos ou apoios, continuando as referências à campanha #EleNão contra Jair Bolsonaro.

Tárcio encerrou a rodada de perguntas do primeiro bloco se dirigindo a Maranhão. Para introduzir o questionamento, ele citou casos recentes de violência registrados no estado e perguntou qual a alternativa para a segurança pública. Maranhão respondeu que os policiais precisam de investimentos e de atenção na parte investigativa. Ele prometeu convocar com cursados para aumento do efetivo policial no estado. Na réplica, Tarcio disse Maranhão faz parte do grupo de políticos que já governou e não fez nada. Ele criticou a intervenção militar no Rio Janeiro, autorizada pelo governo de Michel Temer, que também é do MDB, assim como José Maranhão. Tárcio reclamou ainda que professores, policiais e agentes penitenciários têm os piores salários e estão sob promessas de vários governos, que nunca teriam sido cumpridas. Na tréplica, Maranhão disse que o discurso não deve ser pautado em “elucubrações”.

2º bloco

O segundo bloco foi aberto com pergunta de João Azevedo para José Maranhão sobre a proposta dela de redução de impostos na conta de energia para baixar o valor da conta da população carente.

Em resposta, Maranhão afirmou que a medida é interessante, mas que o governo do PSB teve oito anos para colocá-la em pratica, mas resolveu apresentar a questão apenas em ano eleitoral para tentar angariar votos.

Ainda segundo Maranhão, o governo do PSB aumentou valores do ICMS dos combustíveis, para passando a cobrar 27% pelo litro da gasolina ao invés dos 15% deixados por ele em 2010.

Na réplica, João Azevedo disse que o governo de Ricardo Coutinho já havia encontrado no estado o ICMS da gasolina em 25% e lembrou que Ricardo reduziu o ICMS do etanol de 25% para 23%. João também disse que Maranhão vem promovendo discurso fácil dizendo que irá resolver tudo.

Na tréplica, Maranhão relatou que o discurso fácil vem sendo praticado por João Azevedo, que “não vê nenhuma virtude nos outros candidatos”.

A segundo pergunta do bloco foi de Maranhão para Lucélio, onde o candidato do PV foi questionado sobre proposta na área da educação.

Em resposta, Lucélio disse que a educação transforma as pessoas. Ele afirmou que vai investir na educação infantil, com alimentação segura para as crianças, no ensino médio e no superior, através da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Lucélio ainda lembrou do resultado da Paraíba no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), onde o estado foi reprovado pela terceira vez consecutiva. Ele também falou sobre as dificuldades da UEPB no governo de José Maranhão, onde professores fizeram greve de fome.

Na réplica, Maranhão relatou que teve uma relação de parceria com a UEPB quando governou o Estado. Além disso, ele afirmou que aumentou, por diversas vezes, o orçamento da instituição e sempre cumpriu com o repasse integral do duodécimo.

Na tréplica, Lucélio disse que a UEPB é um patrimônio de toda a Paraíba e falou que Maranhão reduziu o número de vagas em creches estaduais.

O terceiro embate entre os candidatos aconteceu entre Lucélio e Tárcio Teixeira, sobre propostas de emprego e renda e educação.

Na resposta, Tárcio afirmou que vai reabrir todas as escolas fechadas pelo governador Rcardo Coutinho, principalmente as escolas rurais. Além disso, ele afirmou que vai valorizar os profissionais da educação, inclusive os professores de tempo integral, que trabalham 40 horas semanais, mas recebem por 30 horas.

Na réplica, Lucélio disse que a geração de emprego e renda é diretamente associada a política de educação. Ele contou que vai capacitar jovens, ofertando acesso ao microcrédito e favorecendo pequenos empresários que queiram continuar investindo na Paraíba. Ele também afirmou que vai investir na recuperação da bacia leiteira.

Na tréplica, Tárcio afirmou que Lucélio anda com Aguinaldo Ribeiro e Cássio Cunha Lima, que votaram na Emenda 95 que corta gastos públicos da educação, emprego e renda.

O quarto confronto foi entre Tárcio e Rama Dantas, novamente sobre emprego e renda. Na resposta, Rama contou que os trabalhadores estão sendo obrigados a escolher quais contas irão pagar, já que o salário recebido não dá para resolver todos os problemas.

Na réplica, Tárcio disse que a captação de água da chuva nas regiões do Cariri e do Sertão pode alavancar a geração de renda dos paraibanos que trabalham na agricultura.

Na tréplica, Rama Dantas disse que os problemas do povo só vão ser resolvidos quando os trabalhadores assumirem o poder.

O último embate do segundo bloco foi entre Rama Dantas e João Azevedo. Rama questionou o candidato governista sobre saúde e combate ao câncer.

Em resposta, João Azevedo disse que vai continuar aprimorando as políticas de saúde colocadas em prática por Ricardo Coutinho. Ainda segundo João, o Estado promoveu a inauguração de 14 hospitais, entre eles o Hospital do Bem, em Patos, para tratamento de câncer.

Na réplica, Rama questionou os investimentos em saúde elencados por João Azevedo, já que Ricardo Coutinho prometeu, em 2010, a construção de uma maternidade em cada município. Ela lembrou que a Paraíba é um dos estados brasileiros onde mais morrem mulheres no momento do parto e a demora de até três meses para a realização de uma mamografia.

Na tréplica, João Azevedo disse que o governo do PSB criou mais 1,5 mil leitos hospitalares na Paraíba e que houve ampliação do serviços de imagem e radiologia.

3º bloco

O terceiro bloco do debate teve início com a pergunta do candidato Tárcio Teixeira, do PSOL, perguntou a João Azevêdo (PSB), sobre os escândalos de corrupção na cidade de Cabedelo e o porquê de ele não defender novas eleições no município.

Azevêdo disse que isso é uma questão para a Justiça decidir. Lembrou que historicamente o grupo que integra tem vitórias na cidade, devido ao reconhecimento da população ao atual projeto que, segundo ele, vem fazendo a diferença na cidade. Azevêdo citou intervenções como as feitas no Porto de Cabedelo. Disse, em relação ao prefeito, que cabe a ele fazer sua defesa e lembrou que existe uma apuração da Justiça sobre as denúncias. Disse defender que a Justiça apure em toda sua extensão as denúncias. Disse que se existir responsabilidade do gestor, a Justiça vai determinar. Sobre a realização das novas eleições, lembrou que não depende da vontade dele ou não para que aconteça.

Na réplica, Tárcio perguntou a João Azevêdo se ele lembra o que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi afastada do cargo com o aval da Justiça. Disse que o PSOL pediu para que o processo em Cabedelo seja mais transparente. Lembrou que enquanto militante está pedindo ética e transparência no município de Cabedelo. Disse que compareceu a todos os eventos contra o golpe e também ao protesto Elenão. Disse que o caso de Cabedelo não é simplesmente dizer que a justiça vai resolver.

Azevêdo disse que isso é uma constatação da realidade e questionou que às vezes se discute coisas fora da realidade. Disse que o povo sabe o que o governo implantou na cidade de Cabedelo.

Na sequência do debate, João Azevêdo questionou Lucélio sobre as propostas para a área da saúde.

Lucélio disse que o atual governo agiu de forma equivocada em relação à saúde, pois a saúde deveria estar mais próxima da população. Disse que hoje, o atual modelo concentra tudo em João Pessoa e Campina Grande. Prometeu a construção do Hospital de Trauma no Sertão, e destacou a intenção de investir mais forte no setor, assim como vem sendo feito na prefeitura de João Pessoa. Lucélio também falou sobre a Central de Exames para deixar a saúde mais próxima da população. Prometeu um governo descentralizado, contemplando todos os 223 municípios na Paraíba.

Na réplica, João Azevêdo disse que o estado dispõe de 36 hospitais mantidos com recursos próprios. Falou da intenção em implantar o Programa Saúde Já para permitir que a saúde fique mais perto da população. Disse querer implantar essas unidades nos hospitais regionais. Defendeu a requalificação no setor para não fazer como faz a prefeitura de João Pessoa, que teve que devolver recursos da saúde. Disse querer que a saúde mantenha o mesmo padrão de atendimento que vem sendo feito.

Na tréplica, Lucélio negou que isso tenha acontecido na prefeitura de João Pessoa. Disse que João Pessoa e Campina Grande vêm segurando a situação. Disse que o tempo do tempo do candidato já passou. Criticou por ele demonstrar desconhecer o estado.

Dando prosseguimento ao embate entre os postulantes, Lucélio questionou Maranhão sobre os vencimentos recebidos por ele de forma irregular, conforme denúncia feita pelo Ministério Público Federal.

Maranhão disse que tudo que recebe é autorizado por lei. Questionou Lucélio pelo processo denunciado nas obras da Lagoa. Disse que o processo vem se arrastando por muito tempo, e não entende o porquê isso ainda não foi julgado. Disse que a denúncia trazida por Lucélio foi requentada, pois o processo já foi arquivado. Disse que não existe condenação nesse caso e lembrou ser ficha limpa em mais de 60 anos de vida pública.

Na réplica, Lucélio disse que a prefeitura prestou os devidos esclarecimentos sobre as denúncias da Lagoa. Disse que a denúncia contra Maranhão não foi arquivada e que o Ministério Público Federal pede a devolução de R$ 1 milhão do senador. Lembrou que Maranhão prometeu abrir mão da pensão de ex-governador, durante as eleições de 2014, mas continua recebendo. Disse que a Paraíba não pode continuar aceitando uma situação como essa. Pediu para que Maranhão explique essa situação.

Maranhão disse, na tréplica, que o povo aguarda uma explicação do escândalo da Lagoa. Disse que a população de João Pessoa não aceita isso. Disse que sua remuneração está garantida em lei.

José Maranhão perguntou a Rama Dantas sobre o posicionamento de Azevêdo em relação à construção do Hospital de Trauma no Sertão.

Rama Dantas disse que saúde não é mercadoria, e infelizmente a população tem que vender o que tem para ter acesso à saúde. Citou os escândalos de corrupção pelo estado afora e criticou os salários recebidos pelos candidatos. Disse que esse dinheiro daria para garantir uma melhor saúde para a população e questionou o porquê de eles não terem abdicado desse dinheiro. Disse que por conta disso o povo continua sem nada.

Na réplica, Maranhão disse que a pergunta feita a Azevêdo ficou sem resposta. Disse que o Trauma do Sertão é uma necessidade, pois os atendimentos feitos lá serão de urgência, proveniente, na maioria das vezes, de acidentes automobilísticos. Disse que o povo precisa se deslocar e por isso morrem no translado. Disse que o povo do Sertão vem sendo tratado de forma negligente.

Rama disse que os salários recebidos pelos candidatos podem até ser legais,mas são imorais. Disse defender a estatização do serviço de saúde no estado.

A candidata do PSTU pergunta a Tárcio sobre o processo de precarização da educação no estado.

Tárcio disse que o atual projeto não responde às necessidades da educação. Disse que os três candidatos assinaram termos para não participarem de vários debates no estado. Criticou o candidato do governo por silenciar sobre o golpe de 2016 e ao manifesto Ele não. Disse que a educação precisa de uma atenção que hoje não é dada atualmente.

Rama Dantas disse que quando for governadora vai fazer com que o salário dos professores seja igual ao do governador. Disse que os outros candidatos não têm interesse em resolver os problemas da educação, pois dizem que vão resolver, mas não resolvem. Disse que a eleição é uma farsa, pois os trabalhadores não têm acesso ao processo. Criticou as propostas de alguns candidatos, e lamentou o fato de professores terem que comprar papel para poder dar aulas.
Tárcio disse que o povo percebe quem representa o continuísmo e saberá distinguir a proposta de cada um.

4º bloco

O quarto e último bloco do Debate da Rede Correio Sat TV foi com temas livres. Cada candidato escolhia quem iria responder a sua pergunta. Por um sorteio prévio realizado durante o intervalo, o primeiro candidato a perguntar foi Lucélio Cartaxo. Ele escolheu fazer a sua primeira pergunta para João Azevêdo.

No questionamento, ele quis saber sobre a segurança pública, atacando o atual governo. Ele ainda falou em investimentos e concurso público como propostas. Em sua resposta, João disse que a Paraíba só teve política de segurança a partir de 2012 . Ele afirmou ainda que antes o estado tinha uma polícia desemparelhada, que não tinha investimento, mas confessou que é preciso melhorar. Na réplica, Lucélio o confrontou dizendo haver mais segurança na granja do governador do que nos municípios, e citou os recentes casos de ataques a bancos no estado.

Em seguida, o candidato João Azevêdo escolheu o senador José Maranhão para direcionar a sua pergunta, e o questionou sobre mobilidade urbana, citando um programa de isolamento que o governo atual teria investido. Zé, em sua resposta, exigiu os créditos da criação do projeto e disse que o mérito é dele. Na réplica, João disse que reconhece, mas que ele não tinha liberação até o atual governo assumir e dar continuidade.

Zé Maranhão escolheu Rama Dantas (PSTU) para responder sua pergunta. O tema escolhido foi esgotamento sanitário. Rama, em sua resposta, traçou um panorama da situação do saneamento na Paraíba e criticou as últimas gestões no quesito. Zé, na réplica, aproveitou também para dizer suas propostas e citou um plano de saneamento que custará 3 bilhões.

Em sua vez de perguntar, Rama Dantas escolheu Tárcio Teixeira (PSOL) para questionar sobre habitação, citando os problemas enfrentados no estado. Tárcio concordou com as denúncias e citou o despejo das famílias que estavam abrigadas em um condomínio no bairro Colinas do Sul. Ele prometeu que, se eleito, a habitação será discutida pelas próprias pessoas que sofrem com o problema, e disse que, com isso, vai gerar, emprego e renda. Na réplica, Rama disse que discutir habitação é discutir a vida.

Por fim, Tárcio escolheu Lucélio Cartaxo para perguntar. O tema foi sobre corrupção. Tárcio o questionou sobre os problemas enfrentados pelos municípios de Cabedelo e Patos, os quais, segundo ele, Lucélio desconhecia. Na resposta, o Cartaxo disse que tinha conhecimento sobre tudo e que é favorável que todo cidadão tenha seu direito de defesa respeitado, e defendeu novas eleições caso comprovada a corrupção. Na réplica, Tárcio disse que se alegrava em integrar um partido que não tem “nenhum indiciado no sistema de corrupção”.

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